27 de janeiro de 2013. A data marcou a vida de diversas famílias após o fatídico incêndio da boate Kiss, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, tragédia causada por um show pirotécnico dentro do local, em meio à festa sertaneja. O incêndio vitimou 242 pessoas, além de ferir mais 600 envolvidos.
Após os dez anos de ações judiciais, a justiça indicou quatro réus no processo, dois sócios da boate e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no momento da tragédia. Eles chegaram a ser condenados em 2021, mas o Tribunal de Justiça anulou a decisão.
Atualmente, o processo voltou a correr na Secretaria da 1ª Câmara Criminal para diligências e será encaminhado para a 2ª Vice-presidência do TJ, que irá analisar se admite os novos recursos movidos pela acusação e pelas defesas.
Entre eles, um recurso pede a retomada do julgamento na 1ª Câmara, porém outro quer já a prisão provisória dos réus. Se ambos forem admitidos, eles seguirão para análise em instâncias superiores, ou seja, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Os supostos responsáveis pela tragédia são: Elissandro Callegaro Spohr, sócio da boate, Luciano Augusto Bonilha Leão, produtor e auxiliar da banda, Mauro Lodeiro Hoffmann, sócio da boate, Marcelo de Jesus dos Santos, músico da banda.
Outros julgados e condenados foram os bombeiros tenente-coronel da reserva Moisés Fuchs e o capitão Alex da Rocha Camillo, que falsificaram assinatura e emissão do segundo alvará de segurança que liberava a boate para funcionamento.
Outro condenado foi o major Gerson Pereira, do Corpo de Bombeiros, por fraude processual na Justiça comum. Ele inseriu arquivos entre os documentos do processo que mostariam parte do plano de prevenção contra incêndio da boate Kiss, mas que não estavam na organização original da casa de shows.
Para conhecer melhor o caso e relembrar este episódio que parou o país, o BT reuniu algumas produções que abordam a história da Boate Kiss. Confira: