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PF cumpre mandado de busca e apreensão em endereços de Léo Índio, sobrinho de Bolsonaro

Ele é um dos investigados na Operação Lesa Pátria, que busca envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

A Polícia Federal realizou, nesta sexta-feira (27), mandados de busca e apreensão em endereços de Léo Índio, sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Léo é alvo da terceira fase da Operação Lesa Pátria — relacionada aos envolvidos nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Equipes da PF estiveram em endereços de Léo Índio em Brasília e no Rio de Janeiro. Não foi divulgado quais itens foram apreendidos.

Léo Índio participou dos atos terroristas do dia 8 de janeiro e publicou imagens em redes sociais dele na plataforma em que ficam as cúpulas do Congresso Nacional (local com circulação proibida para o público) e próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma das imagens publicadas, ele aparece com os olhos vermelhos, segundo ele, devido ao gás lacrimogêneo usado pela Polícia Militar para conter os manifestantes bolsonaristas. 

Léo Índio esteve envolvido nos atos golpistas de 8 de janeiro — Foto: Reprodução

Léo é primo dos três filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, foi candidato pelo PL à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) em 2022, mas não foi eleito. Ele também atuou como assessor do senador Chico Rodrigues (União-RR).

OPERAÇÃO LESA PÁTRIA

Segundo material divulgado, a Polícia Federal irá cumprir 11 mandados de prisão preventiva e 27 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no DF.

Os presos vão ficar detidos nos estados, e devem prestar depoimento ainda nesta sexta, 27.

Em Santa Catarina, foi presa Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como “Fátima de Tubarão”. Ela já havia sido presa anteriormente por tráfico de drogas. Ela também responde pelos crimes de estelionato e falsificação de documento público..

“Fátima de Tubarão” já havia sido presa por tráfico de drogas — Foto: Reprodução

Em Minas Gerais, foram presos Eduardo Antunes Barcelos, da cidade de Cataguases, e Marcelo Eberle Motta, de Juiz de Fora 

Morador de Cataguases é flagrado em ato terrorista em Brasília — Foto: Reprodução/Instagram
Marcelo Eberle Motta — Foto: Reprodução/Redes Sociais

No Paraná, foi preso o empresário Claudio Mazzia.

No Distrito Federal, foi preso o policial federal aposentado José Fernando Honorato de Azevedo. Nas eleições de 2018, ele concorreu a uma vaga na Câmara Legislativa do Distrito Federal pelo PRP.

José Fernando Honorato de Azevedo, preso na operação Lesa Pátria por envolvimento em atos golpistas no DF
Foto: Reprodução

De acordo com a PF, os fatos investigados “constituem, em tese, os crimes de”:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • associação criminosa;
  • incitação ao crime;
  • destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.