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Alertas de desmatamento mostram baixa na Amazônia, segundo Inpe

A marca registrada é a terceira menor desde 2015

O Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) liberou dados preliminares sobre o desmatamento até 20 de janeiro de 2023. Durante o monitoramento do órgão foram desmatados 98,2 km² na Amazônia Legal. O número deve aumentar até o fechamento da pesquisa, porém a marca registrada já é a menor em 8 anos.

Os registros realizados pelo Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter), são feitos através de sinais diários para áreas em processo de desmatamento e regiões que estão começando a entrar em processo de degradação. O número de desmatamento deste ano ficou acima somente das marcas de 2017 e 2021, quando os índices chegaram às médias de 58 e 83 km², respectivamente. 

As médias de desmatamento tiveram um aumento durante o último ano de governo Bolsonaro. Imagem: Sérgio Lima

Segundo o especialista em conservação do World Wide Fund for Nature (WWF-Brasil), Daniel Silva, a variável pode mudar, já que o sistema Deter pode ter dados alterados por variáveis: “A queda observada nos dados de desmatamento, em janeiro, deve ser interpretada com cautela, pois a cobertura de nuvem registrada nesse período é a maior dos últimos seis anos para o início do ano. A cobertura de nuvem pode aumentar o tempo de detecção pelo sistema Deter, que usa imagens de satélites com sensores ópticos”

Os recordes desde os primeiros registros foram no ano de 2022, quando nos meses de janeiro e fevereiro foram registrados 430,44 km² de área sob alerta de desmatamento, de acordo com o sistema Deter, já em fevereiro de 2022 foram 199 km² de áreas.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reafirmou a política ambiental como prioridade no governo atual, também participando de eventos climáticos globais. A ministra confirmou que, com a mudança do governo, a imagem ambiental do Brasil já é melhor no exterior.