A Polícia Federal encontrou diversas digitais na minuta do golpe apreendida na residência do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Um sistema de identificação de digitais será usado para descobrir a quem elas pertencem.
Um investigador da PF alegou que a equipe de perícia encontrou “fragmentos de digitais de diversas pessoas” que manusearam o documento. Se o cruzamento com o banco de dados revelar que as digitais pertencem a outras autoridades além das de Torres, o depoimento do ex-ministro da Justiça de que o documento lhe foi entregue por alguém “sem importância” será desmentido.
No depoimento dado à Polícia Federal, ele insistiu que a minuta não era importante e seria destruída. Na avaliação de investigadores, a minuta do golpe ganhou maior importância depois das revelações feitas pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES), porque os dois casos estariam conectados. O senador disse que foi chamado para uma reunião com o ex-deputado Daniel Silveira e o ex-presidente Jair Bolsonaro, no dia 9 de dezembro, quando foi convidado a fazer um gravação ilegal do ministro Alexandre de Moraes, com o objetivo de induzi-lo a admitir que teria cometido alguma irregularidade para montar uma operação que viesse a prendê-lo.