O BT recebeu denúncia dos pais de um aluno que perdeu dois dentes após suposta lesão corporal sofrida dentro de uma das unidades do Colégio Aslan. Esta é a segunda denúncia que o BT recebe contra a instituição. Na primeira, a família de uma aluna denunciou que a criança estava chegando da escola com hematomas.
De acordo com a nova denúncia, no dia 21 de novembro de 2022 o filho do casal denunciante perdeu dois dentes. Segundo os pais da criança, a escola não ofereceu nenhum tipo de socorro à criança. “Eles acharam que não tinha necessidade de chamar o serviço médico ou o Samu. Meu filho é autista. O Colégio Aslan, além de fazer tudo isso, até hoje não me explicou o que aconteceu com o meu filho”, afirmou a mãe.
De acordo com a mãe, a criança, de três anos, apresenta sequelas da lesão. “Dois meses na batalha para ajudar meu bebê a ter paz. A criança não come, só toma leite, vive com medo”, lamentou. E seguiu, afirmando que a lesão prejudicou até mesmo a fala do filho. “Ele está enfrentando muitas complicações por causa dessa situação. Os principais dentinhos relacionados a fala foram afetados. Tanto a situação física quanto a psicológica estão abaladas”, contou.
Segundo o boletim de ocorrência registrado pela mãe da criança, ela recebeu uma ligação da professora pedindo que fosse com urgência à escola. Ao chegar lá, ainda de acordo com o documento, ela viu o filho com uma lesão na boca. Ao questionar como a lesão aconteceu, recebeu como resposta que os alunos estavam cantando uma música quando o filho da denunciante começou a “esfregar os dentes” um no outro, o que fez com que quebrassem.
O BT entrou em contato com o Colégio Aslan que, por meio de nota, negou a narrativa contada pela mãe da criança e afirmou que “todas as informações necessárias, foram disponibilizadas apenas aos responsáveis do menor, e aos órgãos competentes já envolvidos”. Veja a nota na íntegra:
“Acerca do assunto em tela, ratificamos que a narrativa aqui apresentada por vossa senhoria, não condiz com a realidade dos fatos. Registramos ainda, que todas as informações necessárias, foram disponibilizadas apenas aos responsáveis do menor, e aos órgãos competentes já envolvidos, e que por dever legal, continuarão sendo tratadas tão somente nestas respectivas esferas.”.
O BT também entrou em contato com a Polícia Civil, que informou em nota que o caso é investigado sob sigilo pela Seccional de Ananindeua. Veja a nota na íntegra:
“A Polícia Civil informa que o caso é investigado sob sigilo pela seccional de Ananindeua. Diligências estão sendo realizadas para coletar mais informações sobre o ocorrido.”