Especialistas da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) estão trabalhando junto com técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) unindo esforços, saberes e experiências em mais uma tentativa de salvar a samaumeira que perdeu grande parte de sua estrutura no último dia 6 de fevereiro, na praça Santuário, em Nazaré.
Na tarde de quinta-feira, 9, o grupo esteve no local do incidente para fazer uma análise minuciosa da situação da árvore e identificar as causas que levaram a queda dos galhos do vegetal e as possíveis soluções a serem aplicadas no trato da árvore, que é um dos símbolos da cidade de Belém.
Após avaliação visual dos especialistas, todos foram unânimes em afirmar que a árvore sofreu um violento ataque de organismos xilófagos (fungos, bactérias e insetos). Professor da Ufra, o engenheiro florestal Antonio José Moreira disse que esse ataque é normal em certos tipos de madeira, e mais ainda em árvores que estão em áreas urbanas.
A samaumeira em questão era a mais antiga das existentes na praça Santuário e já havia passado por um processo de recuperação, após ataques de microrganismos que abriram uma grande fenda no tronco da árvore, mas que ao longo do tempo se fechou.
Para a professora Jose Freitas, da Ufra, por ser uma árvore muito antiga, a samaumeira provavelmente cumpriu seu ciclo de vida, porém esse ataque de insetos acelerou o desgaste principalmente no tronco, fazendo com que o vegetal perdesse a capacidade de sustentação.
Pela Embrapa, a professora Nomey Viana disse que o grupo de pesquisadores avaliará todas as possibilidades para que a samaumeira possa sobreviver.
Porém se não for possível, ela e sua equipe farão o processo de micropropagação (cultivo de plantas in vitro), com o objetivo de conseguir algumas mudas da espécie para espalhar pela cidade. O grupo de especialistas espera em 30 dias poder informar as conclusões quanto às possibilidades de salvar ou não o vegetal.
“A iniciativa de convidar os especialistas foi com a intenção de dar um encaminhamento mais assertivo no trato do incidente com a samaumeira, para evitar mais gastos de recursos desnecessários e pela importância que tem essa árvore”.
De imediato, “o que será feito é o recolhimento de amostras pela Ufra e Embrapa, para que se possa chegar a uma conclusão das ações a serem tomadas no futuro. Até lá o tronco da samaúma será preservado”, declarou o diretor do departamento de Áreas Verdes Públicas da Semma, Kayan Rossy.
*Com informações de Semma/Agência Belém.