A princípio, a Guiné Equatorial registrou na última segunda-feira, 13, o primeiro surto da doença causada pelo vírus Marburg – considerado um primo do Ebola. Nesse ínterim, os exames preliminares feito após a morte das nove pessoas na província de Kie Ntem, no Oeste do país, confirmaram a febre hemorrágica viral.
Posteriormente, as autoridades de saúde da Guiné Equatorial, com a ajuda da Organização Mundial da Saúde (OMS), enviaram amostras ao laboratório de referência do Institut Pasteur, no Senegal, para tentar determinar a causa das mortes. Em suma, foram oito amostras testadas e, destas, uma foi positiva para o vírus Marburg.
Logo depois da confirmação, o governo de Camarões anunciou a detecção de dois casos suspeitos do vírus em uma região que faz fronteira com a Guiné Equatorial.
QUAIS OS SINTOMAS DO MARBURG?
Em síntese, o Marburg é como um primo do Ebola, que causa uma febre hemorrágica por um vírus altamente contagioso e que é transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutos e se espalha entre humanos pelo contato direto com os fluidos corporais, superfícies e materiais contaminados.
De acordo com a OMS, os sintomas mais comuns são:
- Febre;
- fadiga;
- dor de cabeça;
- dores musculares;
- vômito com sangue;
- diarreia.
Frequentemente, a doença se apresenta de forma rápida, com fortes dores de cabeça, febre alta e mal estar. O período de incubação da doença varia de 2 a 21 dias. Entretanto, nos casos mais graves, os sinais hemorrágicos são apresentados dentro de sete dias.
É MOTIVO PARA ALARDE?
Ao G1, especialistas afirmaram que não. Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime Barbosa, o risco do vírus se espalhar pelo Brasil e pelo mundo é baixa. “Com os sintomas, dificilmente a doença passa despercebida. Obviamente, sempre vai existir o risco, mas não em larga escala”, afirmou.
A doença, que tem taxa de mortalidade de 88%, teve o primeiro surto detectado na cidade de Marburg, na Alemanha, em 1967. Na ocasião, das 32 pessoas infectadas nas antigas Alemanha Ocidental e Iugoslávia, sete morreram.
EXISTE VACINA?
Não. Não existem vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para tratar o vírus. Entretanto, a OMS afirma que beber muita água e tratar os sintomas específicos da doença ajudam a melhorar as chances de sobrevivência do paciente.
Com informações G1 e CNN Brasil*