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Alta taxa de mortalidade e sem vacina: saiba mais sobre o Marburg, vírus ‘primo do ebola’

A princípio, a Guiné Equatorial registrou na última segunda-feira, 13, o primeiro surto da doença causada pelo vírus Marburg – considerado um primo do Ebola. Nesse ínterim, os exames preliminares feito após a morte das nove pessoas na província de Kie Ntem, no Oeste do país, confirmaram a febre hemorrágica viral.

Imagem de detalhe do vírus de Marburg. Foto: Arquivo/Dr. Fredrick Murphy/Sylvia Whitfield/CDC.

Posteriormente, as autoridades de saúde da Guiné Equatorial, com a ajuda da Organização Mundial da Saúde (OMS), enviaram amostras ao laboratório de referência do Institut Pasteur, no Senegal, para tentar determinar a causa das mortes. Em suma, foram oito amostras testadas e, destas, uma foi positiva para o vírus Marburg.

Logo depois da confirmação, o governo de Camarões anunciou a detecção de dois casos suspeitos do vírus em uma região que faz fronteira com a Guiné Equatorial.

QUAIS OS SINTOMAS DO MARBURG?

Em síntese, o Marburg é como um primo do Ebola, que causa uma febre hemorrágica por um vírus altamente contagioso e que é transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutos e se espalha entre humanos pelo contato direto com os fluidos corporais, superfícies e materiais contaminados.

Foto: Reprodução.

De acordo com a OMS, os sintomas mais comuns são:

  • Febre;
  • fadiga;
  • dor de cabeça;
  • dores musculares;
  • vômito com sangue;
  • diarreia.

Frequentemente, a doença se apresenta de forma rápida, com fortes dores de cabeça, febre alta e mal estar. O período de incubação da doença varia de 2 a 21 dias. Entretanto, nos casos mais graves, os sinais hemorrágicos são apresentados dentro de sete dias.

É MOTIVO PARA ALARDE?

Ao G1, especialistas afirmaram que não. Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime Barbosa, o risco do vírus se espalhar pelo Brasil e pelo mundo é baixa. “Com os sintomas, dificilmente a doença passa despercebida. Obviamente, sempre vai existir o risco, mas não em larga escala”, afirmou.

A doença, que tem taxa de mortalidade de 88%, teve o primeiro surto detectado na cidade de Marburg, na Alemanha, em 1967. Na ocasião, das 32 pessoas infectadas nas antigas Alemanha Ocidental e Iugoslávia, sete morreram.

EXISTE VACINA?

Não. Não existem vacinas ou tratamentos antivirais aprovados para tratar o vírus. Entretanto, a OMS afirma que beber muita água e tratar os sintomas específicos da doença ajudam a melhorar as chances de sobrevivência do paciente.

Com informações G1 e CNN Brasil*