É comum lembrarmos das pulgas e dos carrapatos quando pensamos nos parasitas que podem importunar a vida dos bichinhos, mas você sabia que os mosquitos não procuram só a gente na hora de se alimentar?
Além de se alimentarem do sangue de cães e gatos, esses animais também podem passar doenças, as quais podem até mesmo levar o bichinho a óbito em quadros mais avançados. Conheça agora as mais comuns na rotina clínica de um veterinário:
Dirofilariose
Essa doença é causada por um pequeno verme chamado Dirofilaria immitis, vulgarmente chamado de “verme do coração”. Apesar de ser mais comum em cães, ela também afeta gatos e tem o desenvolvimento demorado, além de, na maioria das vezes, ser assintomática, só vindo a desenvolver um quadro sintomático em estágios muito avançados. É uma zoonose, mas de baixo impacto na medicina humana.
Leishmaniose
Consiste em uma zoonose (doenças que bichos passam para seres humanos e vice-versa) e é importante que se fale mais sobre ela! Também conhecida como “calazar”, ela é uma doença grave e que, por muito tempo, não tinha tratamento.
Por muito tempo houve uma discussão fervorosa no meio científico veterinário pela indicação da eutanásia em animais infectados, devido à falta de um tratamento eficaz e o fato dos pets se tornarem focos de transmissão para outros cães e pessoas do seu entorno.
Contudo, graças aos avanços da ciência, hoje já existem medicamentos capazes de manter o paciente positivo em quadro assintomático, mas é imprescindível que ele esteja SEMPRE sob o uso de repelentes, para assim evitar que mosquitos se alimentem dele, contraiam o agente e o transmitam para outras pessoas/animais.
Não devemos esquecer também que há pacientes que podem apresentar reações alérgicas à picada de mosquitos, desenvolvendo pequenas lesões em pele, acompanhadas de coceira ou mesmo quadros dermatológicos mais sérios que evoluem em decorrência do ato de se coçar insistentemente.
A prevenção para cães se dá a partir do uso de produtos repelentes (sprays/pipetas de passar no dorso/coleiras), sendo importante respeitar o protocolo de aplicações e reaplicações proposto pelo fabricante, ou seja, não passar do período indicado, caso contrário o pet ficará desprotegido e exposto aos mosquitos.
Já para gatos, o mais indicado é utilizar repelentes naturais desenvolvidos para esse fim, mas lembre-se de sempre optar por aqueles encontrados em pet shops, lojas especializadas ou farmácias de manipulação veterinárias, pois receitinhas caseiras podem facilmente levá-los a quadros de intoxicação.
