A campanha de vacinação com doses do imunizante bivalente da Pfizer contra a Covid-19 teve início em Belém, nesta quarta-feira, 1, com as primeiras aplicações feitas na Unidade Básica de Saúde (UBS) Portal da Amazônia, a partir das 8h. E segue até às 12h, atendendo o primeiro grupo prioritário de pessoas com 70 anos ou mais, além de quem vive em instituições de longa permanência, a partir de 12 anos, e seus trabalhadores, e pessoas Imunocomprometidos, a partir dos 12 anos de idade, indígenas, ribeirinhos e quilombolas, a partir de 12 anos de idade também. A primeira remessa do imunizante para Belém trouxe 36 mil doses.
Ao BT, o secretário municipal de saúde de Belém, Pedro Anaisse, comentou o início da vacinação com doses de reforço bivalente contras as variantes do coronavírus. “Estimamos cerca de 114 mil pessoas que serão vacinadas nesse primeiro grupo, da primeira etapa da campanha. Na próxima semana vamos fazer visitas com embarcações em comunidades ribeirinhas, como por exemplo, na Ilha do Combu, possibilitando que esses ribeirinhos sejam vacinados. As comunidades quilombolas e indígenas também serão visitadas com a nossa embarcação Camilo Viana. Além disso, as pessoas em situação de rua também serão vacinadas através do nossso consultório de rua e a Casa Rua. Também teremos unidades móveis nas praças. Hoje, em Icoaraci, amanhã, no Tapanã”, explicou Anaisse.
Segundo a coordenadora de imuização de Belém, Nazaré Athayde, a vacina bivalente é um reforço a mais para proteger contra novas cepas do vírus. “Conforme a contaminação, o vírus se fortalece e cria novas variações dele próprio, e por isso, a vacina monovalente foi melhorada e chegou agora a bivalente, para proteger contra as novas variantes do vírus. A diferença é que essa vacina (bivalente) vem com a cepa original, que já tem na monovalente, e também vem com a nova cepa que é a Ômicron. Por isso é bivalente. É uma proteção dupla. Mas além disso, é importante que as pessoa completem o seu esquema vacinal com a vacina monovalente para depois tomar a bivalente. É preciso completar o seu esquema básico, então fazemos esse apelo para a população, que as pessoas completem o seu esquem básico com a vacina monovalente”, afirmou.
OUTRAS VACINAS
O governo federal lançou o plano vacinal que compreende a disponibilização de outras vacinas para a população, como contra o sarampo, influenza e outras doenças imunopreviníveis. ““Vacina é vida”, ressaltou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. A mobilização envolve não só o combate à Covid-19, mas a todas as outras doenças previstas no Calendário Nacional de Vacinação”, pontuou.
“O gesto que estamos fazendo aqui não é apenas de dizer que agora vamos ter vacina para todas as pessoas em toda e qualquer idade e região. O mais importante é ter consciência de que o Brasil já foi campeão mundial de vacinação. O Brasil era o país mais respeitado no mundo pela capacidade, pela qualidade de nossas enfermeiras e enfermeiros de darem injeção em todo o povo brasileiro”, afirmou Lula.
Em Belém,segundo a coodenadora Athayde, as demais vacinas do calendário nacional estão disponíveis na capital paraense. “Todas essas vacinas estão disponibilizadas nas salas de vacinação do município de Belém, todos os dias, de segunda à sexta-feira, não só protegendo contra sarampo, poliomielite, meningite e formas graves de tuberculose. Então, são 21 doenças que 19 vacinas protegem”, destacou.
DADOS
Em 2015, o Brasil atingiu uma média de 95% de pessoas completamente imunizadas dentro do público-alvo de cada vacina do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A média caiu para 60,8% em 2021. “Por isso, eu queria fazer um apelo a cada mãe, a cada pai, a cada avô, a cada avó, a cada adolescente, a cada criança: que a gente não acredite no negacionismo. Que a gente não acredite nas bobagens que falam por aí contra as vacinas”, completou o presidente, que mostrou seu cartão carimbado com todas as doses previstas.
*Com informações de Agência Brasil.