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BT Pet I Leptospirose em cachorros: transmissão, sintomas e prevenção

No período chuvoso, a leptospirose se torna um perigo recorrente, não só para os cães, mas, também para os seres humanos. Causada por uma bactéria chamada Leptospira spp, essa doença é classificada como uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida dos animais para humanos e vice-versa.

Cães que possuem o hábito de caçar ratos apresentam grande risco de contrair a doença, sobretudo se não estiverem vacinados. Outras formas de se infectar são entrar em contato com urina de rato, ou mesmo ao se alimentar de uma ração pela qual um rato tenha passado antes e urinado em cima.

Diferente de alguns agentes infecciosos, a Leptospira spp. não precisa que a pele tenha algum ferimento para penetrar no organismo do seu novo hospedeiro. Uma vez instalada, a progressão da doença costuma ser assustadoramente rápida, podendo levar o paciente à morte em questão de dias após o início dos sintomas. 

O sinal mais comum, e que costuma chamar logo a atenção do tutor, é a icterícia, ou seja, uma coloração amarelada que as mucosas dos pacientes infectados adquirem. Geralmente esse sinal clínico está associado a um grau acentuado de lesão no fígado, o qual sofre lesões extremamente severas, assim como os rins. 

Cães que possuem o hábito de caçar ratos apresentam grande risco de contrair a doença. Imagem: Reprodução

Além disso, podemos observar a falta de apetite, vômitos intensos (que podem conter sangue), diarreia, febre e urina escurecida (cor de coca-cola). O início dos sintomas variam muito, a depender da cepa da doença, mas, no geral o intervalo de tempo entre o contato com a bactéria e o início do quadro costuma ser de, em média, 10 dias.

É uma doença que tem tratamento nos pets e, quanto mais cedo ele é iniciado, maiores as chances de cura. Contudo, os pacientes curados têm grandes chances de desenvolver sequelas, sobretudo em fígado ou rins. 

Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, maiores as chances de cura. Imagem: Rperodução

A prevenção se dá por meio das vacinas múltiplas (V8/V10), disponíveis em larga escala no mercado e recomendadas como as primeiras vacinas do filhote. Uma vez finalizado o esquema vacinal, há a necessidade de reforço todos os anos para que o pet se mantenha protegido. 

Além disso, é importante evitar que os cães tenham acesso a ratos ou a locais que possam conter urina ou secreções desses roedores.