Um ginecologista foi preso nesta sexta-feira (17), em Breu Branco, no sudeste do Pará, por suspeita de violação sexual contra os pacientes. Orlando Veiga Filho já havia sido preso em 2020 por abuso durante os exames, mas estava em liberdade provisória. “Após julgamento de recurso no Ministério Público, foi decretada a prisão do médico — Durante as investigações, foram identificadas outras duas vítimas”, informou a Polícia Civil.
A polícia não detalhou o número de vítimas, mas em 2020 ao menos oito mulheres procuraram as autoridades com relatos de abuso pelo médico. Ele residia em Tucuruí em 2020, mas já havia feito vítimas em Breu Branco e Parauapebas. As investigações haviam começado após uma das pacientes fazer uma denúncia contra ele no dia 2 de julho.
“Ele falou que era pra tirar a calcinha, já achei estranho porque era pra ele bater uma ultrassom. Deitei na maca, ele colocou a luva e introduziu os dedos dele por vários minutos. Aí ele estava bem próximo, que eu sentia o órgão genital dele devido eu estar com as pernas abertas e ele bem encostado”, disse uma vítima em relato dado na época.
Em 2020, a polícia informou que o médico trabalhou nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e, ultimamente, exercia as atividades no Estado do Pará. A defesa dele alegou ainda em 2020 que ia demonstrar a inocência do cliente.
A Polícia Civil diz que mulheres que tenham sido vítimas do médico e que ainda não tenham denunciado o caso, podem procurar a Delegacia do Breu Branco, responsável pela atual prisão. O telefone é 94 99917-4740.
Qualquer tipo de violência ou abuso contra a mulher pode ser denunciado por meio do números 190 e 181, ou pelo aplicativo de mensagens da Iara, pelo número 91 98115-9181. As denúncias também podem ser feitas diretamente nas delegacias especializadas no atendimento à mulher ou em qualquer unidade policial.
