Durante depoimento à polícia, o estudante de 13 anos que atacou uma escola pública de São Paulo e foi responsável pela morte de uma professora revelou que planejou o atentado por dois anos, além de ter se inspirado nos massacres de Suzano, na Grande São Paulo, em 2019, e de Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.
O depoimento foi prestado na tarde desta segunda-feira, 27, na presença dos pais do menor, que afirmou sentir tristeza “há muitos anos” e que passou a ter ideias de “”se vingar há aproximadamente dois anos. A ideia dele seria “acabar com toda a angústia que sentia.”
O jovem disse que sofria bullying por causa da aparência física na Escola Estadual Thomázia Montoro, onde realizou o ataque, além de se repetir em outros colégios que já havia estudado. Ele ainda revela que pretendia se matar após o atentado, mas antes tinha “vontade de matar pessoas, aproximadamente umas duas”.
Ainda em seu depoimento, o aluno de 13 anos diz que “sua vontade” era realizar o atentado “com uma arma de fogo”. Sendo assim, durante os dois últimos anos, o jovem teria tentado comprar o armamento pela internet uma arma de fogo, mas conta que “seus planos sempre falharam.”
Por não conseguido uma arma de fogo, ele decidiu realizar o ataque com uma faca. Então, no último domingo, 26, o adolescente pegou a maior faca encontrada na cozinha da própria casa e diz ter guardado a arma branca junto à máscara e roupa usadas no ataque.
“Há uma semana estava muito ansioso para agir logo e acabar o mais rápido [possível] com tudo. Ontem, domingo, pensou ‘de amanhã não passa’”, relata o trecho do registro policial.
Horas antes do atentado, o adolescente ainda postou em perfis de redes sociais fotos com a faca usada no crime, utilizando a legenda de que iria fazer “uma baguncinha na escola.”
Durante o relato, ele conta que escolheu aleatoriamente as vítimas, pois “apenas queria atingir a vários e se matar em seguida.”
