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Belém inicia vacinação contra monkeypox para profissionais de saúde e pessoas com HIV

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) iniciou nesta semana a campanha de vacinação destinada à prevenção do vírus monkeypox para pessoas vivendo com HIV/Aids e profissionais de saúde que trabalham na linha de frente de combate à doença e fazem a coleta direta de secreção dos pacientes para exames laboratoriais na capital.

“É de extrema importância o cuidado e a proteção à saúde do trabalhador na área de saúde. Assim, o servidor se sente valorizado para prestar serviço de qualidade para a população”, destacou Ana Carolina Valino, enfermeira do Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde, da Sesma.

Monkeypox: sinais e sintomas

O Mpox é um orthopoxvírus causador da doença cujos sinais e sintomas se assemelham aos da varíola. Os sintomas mais evidentes são febre, cefaleia, dor muscular, linfadenopatia (aumento do tamanho dos gânglios linfáticos no pescoço, nas axilas e virilha), dor de garganta, tosse, fotossensibilidade, adenomegalia (crescimento de um ou mais linfonodos), náusea e vômito.

O vírus monkeypox é uma doença zoonótica que ocorre principalmente em áreas endêmicas, de floresta tropical. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal ou humano infectado, bem como com material corporal humano contendo o vírus. Segundo dados da Sesma, até 20 de março de 2023, foram notificados em Belém 99 casos de monkeypox, entre eles 95 curados, 3 em monitoramento e 1 óbito.

O coordenador municipal da DST Aids e Hepatites Virais da Sesma, Mauro Brabo, explicou que os pacientes convivendo com o HIV já estão previamente cadastrados no sistema do Ministério da Saúde e que obedecem ao procedimento da busca ativa pelos contatos previamente informados.

“A busca ativa é feita de contato por contato e o desafio é a identificação de pacientes que não atendem à chamada pelo número do cadastro, pessoas que não têm interesse em tomar a vacina ou que não residem mais em Belém”, informou Mauro.

A monkeypox é transmitida, principalmente, por meio de contato direto ou indireto com gotículas respiratórias (saliva, muco nasal), mas, principalmente, por meio do contato com lesões de pele de pessoas ou objetos e superfícies contaminadas.

Cuidados e recomendações

O Centro de Testagem e Acompanhamento da Prefeitura de Belém (CTA), além de ponto de vacinação contra a monkeypox para os grupos citados, é referência de atendimento de pacientes que são triados previamente nas Unidades de Saúde de Atenção Primária.

Os cuidados recomendados para a prevenção são a higiene das mãos, distanciamento social e uso contínuo de máscaras, sobretudo por pessoas imunossuprimidas, que estão mais suscetíveis a desenvolver casos graves da doença.

Em caso de suspeita da doença, o procedimento é procurar assistência em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Os casos sugestivos passam, então, para investigação.

A campanha de vacinação para os profissionais de saúde e pessoas vivendo com HIV no CTA se estende até o final de abril.

Protocolo do Ministério da Saúde

Para ter acesso à vacinação, é preciso estar devidamente cadastrado no Ministério da Saúde e estar fazendo tratamento e acompanhamento de HIV nos últimos seis meses, com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferior a 200 células.

Os critérios foram realizados pelo Ministério da Saúde, em listagem repassada pela Secretaria Estadual de Saúde (Sespa) à Sesma, que executa a campanha por meio do CTA.   

Serviço

Para essa etapa, as unidades de referência são: as UBS Icoaraci, que fica localizada na rua Manoel Barata, 840 e Satélite na travessa WE-8 e também no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Rayssa Gorbachofh, que fica na travessa Rui Barbosa, 1.059, no Reduto.