Segundo documento interno da corporação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), obtido pelo site de notícias UOL, o órgão de fiscalização convocou agentes que estavam de folga para trabalhar em blitz no segundo turno das eleições. O reforço do efetivo foi concentrado especialmente em cidades do Norte e Nordeste do Brasil, sobretudo em cidades onde Lula venceu no primeiro turno. Na ocasião, o atual presidente venceu a disputa presidencial contra Jair Bolsonaro, em outubro do ano passado.
Ainda de acordo com site, a PRF afirmou que os agentes foram alocados com base em análise técnica, uma vez que, segundo a corporação, 65% dos crimes eleitorais no primeiro turno teriam acontecido nas duas regiões. À época, os bloqueios foram contestados pelo Tribunal Superior Eeleitoral (TSE).
Estados como Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Sergipe tiveram um aumento de mais de 100% de policiais de folga atuando no segundo turno, em comparação ao primeiro turno das eleições, segundo a publicação.
A Bahia, o quarto maior colégio eleitoral do país, experimentou um aumento de 80%. Outro estado que registrou um aumento de mais de 100% foi Minas Gerais, historicamente definidor dos resultados de eleições presidenciais.
Agora, a PRF segue em investigação da atuação do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, nas blitzes realizadas no dia do segundo turno das eleições presidenciais de 2022. No último dia 4, o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, apontou que existem “múltiplos indícios” da ação de Torres no caso.
Antes da realização do segundo turno, o Supremo Tribunal Federal (STF) chegou a proibir a realização de operações que afetassem os transportes de eleitores no dia do pleito. Ainda assim, a PRF, comandada, à época, por Silvinei Vasques, promoveu bloqueios e interrupção de ônibus e vans.
*Com informações de Portal UOL.