A apresentadora Sonia Abrão, de 59, concedeu uma entrevista à revista “Quem” na qual falou sobre uma das maiores polêmicas de sua carreira: o caso Eloá, que aconteceu em 2008 e resultou na morte de uma adolescente de 15 anos, Eloá Cristina Pimentel. Sonia afirmou que não se arrepende da cobertura do caso e que “faria tudo de novo”.
Já no comando do programa “A Tarde É Sua”, da RedeTV, Sonia entrevistou ao vivo o sequestrador Lindemberg Fernandes Alves e a vítima Eloá por telefone, por mais 30 minutos isso, três dias antes do desfecho trágico no qual o criminoso matou a jovem com um tiro enquanto a polícia invadia o apartamento.
“Sem dúvida foi o momento mais dramático da minha carreira! Fui a única pessoa com quem ela falou, ainda no cativeiro, três dias antes de ser morta. Fiquei muito tensa e emocionada”, disse Sonia para a Revista Quem. Ela diz que não se arrepende do modo como cobriu o caso. “Faria tudo de novo”.
Na época, a apresentadora e grande parte das emissoras de TV foram acusadas por parte dos telespectadores de sensacionalismo no caso, que era coberto pela imprensa dia e noite. Sonia também foi acusada de atrapalhar as negociações da polícia ao conversar com o criminoso por telefone.
Também durante os dias em que o sequestro continuava, a apresentadora do “A Tarde É Sua” recebeu um advogado que afirmou que o caso terminaria em “pizza” e que Eloá e Lindemberg se casariam, o que gerou revolta no público.
Sonia ainda disse na entrevista que quando erra, não tem problema algum em reconhecer o erro e pedir desculpas sinceras: “Não tenho problema nenhum em me desculpar. Isto tanto na vida pessoal, quanto profissional. E faço de coração, nada a ver com o medo de ser cancelada, como acontece com muitos por aí”, disse.
O CASO ELOÁ:
O crime bárbaro que parou o Brasil aconteceu em outubro de 2008. O assassino da jovem Eloá, Lindemberg, que tinha 22 anos na época, invadiu a casa da ex-namorada. Ela estava estudava com a amiga, Nayara Rodrigues da Silva, e ambas foram mantidas em cativeiro. Ele não aceitava o fim do relacionamento com a menina de 15 anos. Nayara foi solta no dia seguinte, mas, por orientação da polícia, voltou ao apartamento para ajudar nas negociações.
O sequestro durou cinco dias até a polícia invadir o apartamento. Nayara levou um tiro no rosto e saiu caminhando do local. Já Eloá foi baleada na cabeça e na virilha. Ela não resistiu aos ferimentos, e morreu no hospital no dia 18 de outubro.
O criminoso foi preso e condenado a mais de 98 anos de prisão e está na cadeia até hoje. Em junho de 2013, o Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu a pena para 39 anos. O caso repercutiu no mundo todo.