Equipes da Polícia Federal (PF) prenderam cinco de pessoas em flagrante por participação em fraude do auxílio-reclusão e organização criminosa, em Belém. O caso foi divulgado nesta quarta-feira, 26.
Segundo a investigação policial, eles foram flagrados enquanto tentavam sacar o benefício, na terça, 25, após a fraude ter sido detectada pela Força-Tarefa Previdenciária, que reúne o Ministério da Previdência Social, a PF e o Ministério Público Federal, no combate a crimes contra o sistema previdenciário.
“Um hacker teria furtado dados de matrícula e senha de servidor do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para emitir e reativar centenas de benefícios de auxílio-reclusão referentes a pessoas que não estão presas”, afirmou a PF.
AUXÍLIO-RECLUSÃO
O auxílio-reclusão é um benefício pago apenas aos dependentes do segurado do INSS que seja de baixa renda e que esteja cumprindo prisão em regime fechado ou semiaberto. Ele tem o valor máximo de um salário mínimo e é pago apenas ao dependentes do preso, enquanto o segurado estiver recolhido à prisão.
ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Na terça-feira, 25, dia marcado para liberação do dinheiro do benefício no Pará, o grupo foi intercepto em uma instituição financeira em Belém, onde, de acordo com as apurações, sacariam os valores.
A PF informou que o prejuízo evitado sobre o auxílio-reclusão foi de cerca de R$ 230 mil: valor que seria recebido como pagamento retroativo.
“Os cooptados, ao fazer o saque, porém, só receberiam R$ 5 mil; o restante seria dividido entre os demais integrantes da rede criminosa, que pode ter participantes em vários estados”, disse a PF.
As prisões foram pelos crimes de estelionato e associação criminosa. Segundo a PF, os envolvidos também tiveram os celulares apreendidos, e o caso continua a ser investigado pela corporação no Pará.
*Com informações de Ascom PF/PA.