Osil Vicente de Guedes, de 49 anos, morreu após ter sido linchado e vítima de uma acusação falsa sobre ter roubado uma moto em Guarujá, no litoral de São Paulo. Ele não tinha antecedentes criminais, era dono de uma empresa de reciclagem na cidade e deixou um filho de nove anos de idade.
Osil foi agredido por transeuntes com pedaços de pau e um capacete. Segundo a Polícia Militar, testemunhas informaram que as agressões começaram após um grito de “pega ladrão”. O dono da moto, porém, informou a corporação que conhecia Osil e que emprestou o veículo para ele. A vítima foi internada no Hospital Santo Amaro (HSA), em Guarujá, mas não resistiu aos ferimentos.
Ele morava na Avenida Acaraú, no bairro Vila Áurea, no distrito de Vicente de Carvalho, mesmo endereço da sua empresa de reciclagem, a aproximadamente um quilômetro do local onde ele foi linchado, entre a Rua Tambaú e a Avenida Oswaldo Cruz.
A Secretaria de Seguramça Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o irmão da vítima, que não teve a identidade revelada, já prestou depoimento sobre o caso. Demais informações sobre as investigações não foram divulgadas.
O caso inicialmente foi registrado como “lesão corporal” no 2º Distrito Policial (DP) de Guarujá, porém, acabou modificado para “homicídio” após a morte de Osil.
O empresário era querido pelos vizinhos, e descrito à PM pelo dono da moto como uma pessoa “trabalhadora” e que “não se envolve em confusão”, conforme registrado em Boletim de Ocorrência (BO) obtido pelo g1.
Ele era ativo nas redes sociais divulgando o amor pelo trabalho e pela família, e também compartilhando fotos em que aparecia em meio aos objetos destinados à reciclagem. “Na sucata sempre. Eu amo sucata”, escreveu Osil, em resposta a um comentário em uma postagem.
Com informações de g1.
