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Exame toxicológico afirma que brasileira morta após cair de prédio na Argentina ingeriu drogas

O exame toxicológico da brasileira Emmily Rodrigues, morta após cair do sexto andar de um prédio em Buenos Aires, na Argentina, confirmou que ela usou drogas antes da morte. Álcool, maconha, ketamina, cocaína e ecstasy foram encontrado no corpo da jovem, segundo laudo do Laboratório de Toxicologia e Química Jurídica do Corpo Médico Legal.

Além destas, resquícios da droga Tuci, conhecida como ‘cocaína rosa’, também foram encontrados no organismo de Emmily. Os advogados que representam a família da jovem acreditam que a presença das drogas confirmariam a hipótese de que entorpecentes foram fornecidos pelo proprietário do apartamento do qual ela caiu.

A investigação da polícia argentina chegou a encontrar preservativos usados no apartamento pertencente a Francisco Sáenz Valiente, de 52 anos, atual suspeito do crime, que negou ter tido relações sexuais com a jovem na noite da morte. Os exames não encontraram a presença de esperma no corpo da brasileira.

Valiente afirma que Emmily Rodrigues teve um surto enquanto estava no seu apartamento e se jogou do sexto andar. Ele chegou a ser preso provisoriamente no início das investigações, mas foi solto pela Justiça, que entendeu não existir base para a manutenção da prisão. O Ministério Público disse ver no caso sinais de “grave violência contra a mulher”, “feminicídio” e “facilitação de entorpecentes”.

O pai de Emmily encaminhou ao Globo, uma gravação telefônica em que é possível ouvir Francisco Sáenz pedindo ajuda ao serviço de emergência argentino, antes da queda da jovem. No áudio, a brasileira é ouvida ao fundo, gritando por socorro.

Vizinhos do empresário também ligaram para a emergência. Em uma das ligações, um homem avisa que a jovem está gritando muito e pedindo ajuda. Em outra, uma mulher diz que a vítima havia caído da janela.

Investigação

A Justiça e o Ministério Público decretaram sigilo sobre a investigação. A polícia, no entanto, recolheu câmeras de segurança da casa do empresário para tentar elucidar o que aconteceu na casa.

O advogado da família da vítima, Ignacio Trimarco, afirmou em entrevista ao GLOBO que há suspeitas de que as câmeras eram usadas para registrar encontros sexuais com mulheres.

“Se presume que as câmeras eram usadas para filmar sexo com mulheres, mas ainda não há comprovação, visto que as investigações ainda seguem em curso”, disse o advogado.

*Com informações de O GLOBO