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Feira de animais silvestres abordará legislação e criação de espécies e acontecerá neste sábado, 13, no Mangal das Garças, em Belém

O Parque Zoobotânico Mangal das Garças receberá a “Feira de Animais Silvestres”, promovida pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), no próximo sábado, 13, em Belém. A feira ocorre na data em que é celebrado o dia do zootecnista, profissional com ampla atuação na melhoria da criação, conservação e produção de animais, considerando o bem estar do animal e a segurança alimentar.

A organização da iniciativa informou que será um evento acadêmico, com exposição de material didático informativo sobre projetos de criação comercial, científica e conservacionista de animais silvestres,além de tocar em pontos como a legislação sobre os animais silvestres e métodos de criação de algumas espécies.

A atividade faz parte da avaliação da turma de Zootecnia da Ufra, campus Belém. No total, 31 alunos irão expor trabalhos por meio de banner, animais taxidermizados e outros materiais informativos, de 8h às 13h.

COMO VAI FUNCIONAR?

A feira é organizada por alunos do curso de zootecnia da Ufra, que irão apresentar seis projetos como finalização da disciplina sobre animais silvestres. A partir de banners, maquetes e animais taxidermizados, o público poderá saber mais sobre preservação da mucura e da onça pintada; e sobre a criação em cativeiro do peixe-beta; geralmente adquirido como ornamental, e espécies voltadas para o consumo , como a tartaruga da Amazônia; jacaré e a capivara, que são animais silvestres cuja legislação brasileira permite o criadouro. “Existe alguns hábitos culturais sobre o consumo de determinadas espécies. Com isso, visando diminuir a pressão sobre eles na natureza, o que ocasionaria sua extinção, foram criadas algumas legislações permitindo a criação em cativeiro e sua produção para uso comercial”, explica a professora Ana Silvia Ribeiro, coordenadora da disciplina.

A capivara, espécie que recentemente ficou conhecida devido a uma polêmica envolvendo um morador de Manaus e a capivara Filó, é uma das espécies apresentadas pelos alunos e que possuem amparo legal para uso comercial da carne. “As capivaras, embora não possam ser criadas como pet, tem autorização legal para criadouro comercial, ou seja, nesse caso, para o abate, consumo de carne. É uma espécie que não corre risco de extinção, que tem alto potencial reprodutivo e que foi incentivada a produção comercial na década de 80 como uma forma de controle, porque o principal predador, que é a onça pintada, deixou de existir em algumas regiões, e a capivara estava com um crescimento desordenado”, diz.

A onça pintada e a mucura são temas de projetos voltados especificamente para a preservação na natureza. “As onças correm sério risco de extinção e conflitos com os humanos devido principalmente a perda de habitat. Já a mucura, por exemplo, não é um rato, como as pessoas imaginam, e sim um marsupial, então nosso objetivo é desmistificar como a sociedade enxerga esses animais, especialmente porque ambas as espécies tem um importante papel ecológico na natureza”, diz a professora.

*Com informações de Ascom/UFRA.