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Youtube, Facebook e Instagram removem publicações de Bolsonaro com mentiras sobre vacina e Aids

O Youtube removeu nesta segunda-feira, 25, a última live semanal de Bolsonaro, onde ele associou falsamente a vacina da covid ao risco de desenvolver Aids. O foi suspenso por uma semana na plataforma, impedido assim de publicar novos vídeos e fazer lives. O Youtube disse que a publicação foi excluída por “violar suas diretrizes de desinformação médica sobre a Covid-19”. 

Facebook e Instagram excluíram o vídeo no domingo, 24. Esta foi a primeira vez que a empresa excluiu uma live de Bolsonaro. Em comunicado, o Facebook disse que suas plataformas “não permitem alegações de que as vacinas de covid-19 matam ou podem causar danos graves às pessoas.”

Na live excluída, Bolsonaro leu um texto em que afirmava que as pessoas vacinadas com as duas doses estariam desenvolvendo Aids mais rápido que o normal e que as informações se baseavam em relatórios oficiais do governo do Reino Unido. 

Até então, o Facebook só havia apagado um vídeo em que Bolsonaro fazia falsas afirmações de que a cloroquina era a cura da covid-19. Youtube e Twitter também já excluíram postagens do presidente com falsas informações ao longo da pandemia.

Desde o ano passado, Jair Bolsonaro tem feito declarações contra a vacina. Ele é o único presidente do G20 que ainda não se imunizou.

Repúdio

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) repudiou e desmentiu as declarações do presidente associando a vacina à Aids. Em nota endossada pela Associação Médica Brasileira (AMB), a SBI diz que repudia “toda e qualquer notícia falsa que circule e faça menção a esta associação inexistente”. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse em suas redes sociais que “isso não é apenas fake news, é mais do que uma simples mentira – isso é terrorismo de Estado. A Justiça precisa frear essa loucura”.

O ministro do STF Luís Roberto Barroso pediu que a Procuradoria Geral da República investigue Jair Bolsonaro pelas falsas declarações associando a vacina à Aids.