No último sábado, 13, o desabamento de 13 sacadas de um prédio em Belém assustou a população e, principalmente, os moradores do edifício Cristo Rei, onde aconteceu a ocorrência. O prédio fica localizado na rua dos Mundurucus, no bairro Cremação.
A Defesa Civil estadual divulgou na segunda-feira, 15, os primeiros apontamentos sobre os desabamentos. Houve “infiltrações e as armaduras ficaram expostas à água, acarretando corrosão nas ferragens da sacada da cobertura, a qual tem uma piscina”, diz o documento.
A realização de uma obra na cobertura da torre vinha sendo especulada nas redes sociais desde o ocorrido como o principal motivador do acidente. Em conversa com o BT, o filho da moradora da cobertura afirmou que não há qualquer serviço sendo feito no apartamento.
“Não tinha obra nenhuma na cobertura. As pessoas falam demais. Essa lona preta era uma proteção que a minha mãe usa para proteger a piscina. A minha família mora há 40 anos nessa cobertura. O CREA já confirmou que não tinha obra nenhuma”, relatou Edivaldo Carvalho.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (CREA-PA) divulgou em nota que não havia nenhum serviço de manutenção sendo realizado na cobertura.
No apartamento moram uma idosa, de 84 anos, que tem alzheimer e a filha dela. Edivaldo revelou que as duas tomaram um enorme susto quando tudo aconteceu. Elas estão abrigadas na casa de um irmão da família. “Os bombeiros disseram que a estrutura da sacada e as ferragens foram mal feitas”, concluiu.
O Corpo de Bombeiros disse em nota que “o laudo será feito em conjunto com a Polícia Científica”.
Leia a nota:
“O Corpo de Bombeiros Militar do Pará e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil informam que desde o dia do desabamento das sacadas no prédio Cristo Rei, acontecido no último sábado (13), a primeira estratégia foi avaliar as condições do edifício, para deduzir possíveis hipóteses do que poderia ter motivado o ocorrido. A guarnição acompanhou durante toda a manhã desta segunda-feira (15), a retirada dos escombros. O laudo será feito em conjunto com a Polícia Científica”.
