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Moradores do Conjunto da Cohab, em Icoaraci, denunciam falta de fiscalização em ponto de descarte irregular de lixo

Moradores do Conjunto da Cohab, no distrito de Icoaraci, em Belém, denunciam o “descaso” da Agência Distrital de Icoaraci e da Prefeitura de Belém ao não realizarem a fiscalização e a limpeza no canteiro central do contorno sul do Conjunto, onde funciona um final da linha do ônibus ‘Icoaraci-Ver-o-Peso’, que, segundo os moradores, não possui mais espaço para se estacionar.

Ainda de acordo com a denúncia, os moradores são ameaçados por carroceiros que costumam jogar lixo no local.

“Os carroceiros nos ameaçam dizendo que se não fizerem isso terão que roubar, e que ninguém pode se meter no ‘serviço’ deles. Nós estamos convivendo com urubus e ratos”, disse um morador, em denúncia ao BT.

Ainda de acordo com as denúncias, o espaço não recebe serviços há pelo menos um ano. “A prefeitura faz a limpeza em alguns períodos, mas os carroceiros voltam a jogar lixo doméstico e entulhos de outras áreas vizinhas ao conjunto, geralmente das periferias que ficam nas proximidades”, destacou.

Os moradores reclamam que a situação é crônica e que já vem se arrastando há muito tempo e traz muitos danos. “A falta de manutenção da área pública prejudica os moradores, os usuários do final da linha de ônibus e as pessoas que andam pela via”.

Os denunciantes comentam que trabalham para manter os espaços limpos, mas o “abandono” pelos órgãos públicos torna tudo mais difícil.

“Existe um canteiro central em outra área do conjunto que foi revitalizada durante a gestão do prefeito Zenaldo. Hoje em dia, os moradores pagam para cortarem o mato no espaço que é usado diariamente para caminhadas, e em certos momentos fica bastante cheio pelo tamanho do lugar. O Outro canteiro seria uma alternativa para mais pessoas terem onde praticar atividades físicas”, comentou um morador do local.

Foi alegado também que os moradores já entraram em contato diversas vezes com o “ZAP Entulho”, serviço gratuito da Secretaria Municipal de Saneamento que recolhe até um metro cúbico de resíduos por residência, mas que nunca foram devidamente atendidos, e que vários outro problemas afetam o local.

“O serviço de limpeza nunca funcionou. O lixo é só uma parte da situação. Tem também o mato alto, as árvores que não tem podagem há muitos anos e a falta de iluminação pública. Está tudo abandonado”, disse.

O BT solicitou uma nota à Secretaria Municipal de Saneamento sobre o caso, mas não recebeu retorno até o momento da publicação desta matéria.