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Justiça proíbe programa Linha Direta de exibir caso Henry Borel; entenda

O programa Linha Direta, comandado atualmente pelo apresentador Pedro Bial, iria exibir nesta quinta-feira, 18, o caso do menino Henry Borel. Porém um pedido na justiça, da defesa do ex-vereador, Jairo Souza Santos Júnior, um dos acusados da morte do menino, conseguiu impedir a exibição.

Segundo coluna do jornal O Globo, a argumentação da advogada de Jairinho Medeiros foi que o programa poderia influenciar o julgamento de Jairinho, que ainda não tem data marcada,  já que o mesmo está submetido a júri popular. 

O documento levado à justiça afirma que: “o processo ainda pende de julgamento e a exibição em canal aberto e por emissora de grande alcance não parece servir aos propósitos informativos que possam ser alegados”. 

Em outro trecho, o documento diz que, para o julgamento, são necessárias de pessoas que não tenham conhecimento do caso, alegando a ser preciso neutralidade, ou seja, pessoas que não tenham uma pré opinião formada sobre o que aconteceu no caso; “o réu deverá ser julgado por um corpo de juízes leigos e tal exposição poderá colocar em risco a imparcialidade dos julgadores”.

Para a produção do capítulo, a Globo entrou em contato com diversos envolvidos no caso, como o advogado Cláudio Dalledone, que representa o próprio Jairinho e também o pai de Henry, Leniel Borel. 

Nas redes sociais, Leniel agradeceu  a visibilidade que o programa iria trazer ao caso: “Quero agradecer ao Pedro Bial , toda direção, redação, atores … todos que se empenharam em produzir este programa com muito carinho.”

“É muito difícil como pai ter que lutar todo dia para provar o óbvio. Gratidão eterna à imprensa brasileira que nos ajuda pedindo justiça na proporção da brutalidade, da monstruosidade que aqueles dois cometeram. Henry sofreu muito naquela madrugada de 08 de Março de 2021 (…) é inadmissível qualquer tipo de impunidade após tantas provas noticiadas e comprovadas no processo.”, completou.

Jairo Souza Santos Júnior e sua esposa Monique Medeiros da Costa e Silva foram detidos sob acusação pelo falecimento de Henry Borel Medeiros. A crinaça era filho de Monique e enteado do vereador.