//

Fábio Porchat é criticado na web após defender Léo Lins e dizer que humorista tem ‘direito de ofender’

Fábio Porchat se pronunciou na última quarta-feira, 17, sobre seu tuíte escrito em apoio ao comediante Léo Lins, após ter seu especial de comédia retirado do ar por uma decisão judicial que proibia os livres “xingamentos” feitos pelo humorista a minorias. 

Porchat comentou sobre as críticas do público ao humorista em suas redes: “Não gosta de uma piada? Não consuma essa piada. Se a piada não incitou o ódio e a violência ela é só uma piada. Tem piada de todos os tipos, de pum e de trocadilho, ácida e bobinha. Tem piada de mau gosto? Tem também. Tem piada agressiva? Opa. Mas aí é só não assistir. Quem foi lá assistir ao Leo Lins adorou. Riram muito. Quem não gostou das piadas são os que não foram. Pronto, assim que tem que ser”, iniciou ele em um post no Instagram.”, escreveu o apresentador. 

Ele também comentou sobre o direito que os humoristas têm e sobre “fazer piadas”: “Ainda mais previamente. Impedir o comediante de pensar uma piada é loucura. Mesmo que você não goste desse comediante, mesmo que você despreze tudo o que ele diz, ele tem o direito de dizer. Ele tem o direito de ofender. Não existe censura do bem”, escreveu Porchat.

“Se cada pessoa que se ofender com uma piada resolver tirar ela do ar não sobra um Joãozinho, um papagaio, um argentino. Pra mim democracia não é um regime pra você defender as suas ideias, mas pra quem você não concorda poder defender as delas. Não confundam ‘não gosto dele’ com ‘ele não pode falar’. Não entrem nessa conversa com a emoção, entrem com a razão”, finalizou.

No Twitter, internautas criticaram o posicionamento do apresentador com comentários como: “Vai lá, Porchat… faz piadas com racismo, homofobia, pessoas PCD, entre outras, e ache que pessoas que estão elencadas dentro disso vão amar serem feitas de chacotas por vocês. Toma vergonha na cara!”

Outro internauta criticou a necessidade do apresentador de defender o humorista: “Está aqui um belo exemplo de como não gerenciar uma crise de imagem. Oportunidade de ficar calado ou simplesmente reconhecer o erro mas não, vem a justificativa. Troque seus assessores ou reveja atitudes.”

“Se a piada não incitou o ódio e a violência ela é só uma piada”… Então qqr discurso de ódio (faça alguns rir ou não) se não incitar violência tá liberado!? E como provar que não gerou violência, ou que o racista/xenofóbico/fascista não está tendo suas ações validadas assistindo ao comediante? Não curto censura mas tbm não sou parceira de tolerar o intolerante.”, comentou uma usuária da rede social

A decisão que proibiu Léo Lins de fazer piadas ofensivas atende a um pedido do Ministério Público de São Paulo. A Justiça Proibiu Léo Lins de fazer piadas ofensivas e determina Remoção de Vídeo controverso do seu canal no YouTube.