O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, decidiu liberar a exibição do programa Linha Direta desta quinta-feira, 18, sobre o caso da morte do menino Henry Borel. A defesa do acusado da morte da criança, Jairo Souza Santos Junior, conhecido como Jairinho, havia conseguido uma liminar, na última quarta-feira, 17, para impedir a exibição do programa.
A rede Globo recorreu da decisão. O ministro citou em sua decisão que a defesa do acusado tinha o “claro propósito de censurar a exibição da matéria jornalística de evidente interesse público”.
Gilmar também criticou a decisão anterior de censura concedida pela juíza Elizabeth Machado Louro: “A eminente magistrada extrapola os limites de suas funções judicantes para se arvorar à condição de fiscal da qualidade da produção jornalística de emissoras de televisão”.
Após a decisão de não exibição do programa, o pai da vítima, Leniel Borel, criticou a atitude tomada pela justiça, já que segundo ele, programa tomou a liberdade de olhar por todos os pontos de vista: “O Programa Linha Direta abriu espaço para todos advogados, demonstrando imparcialidade e comprometimento com a verdade, porém recebemos ontem a noite a infeliz notícia de censura prévia da justiça.”, escreveu Leniel.