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Sâmia Bomfim tem microfone cortado novamente em CPI

A deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) teve novamente o microfone cortado durante sessão da CPI do MST. Ela apontou que foi silenciada dessa vez pelo relator, Ricardo Salles, que aproveitou o corte do aparelho para respondê-la.

“Mais um que quer que a PGR faça investigação para cortar o microfone, imagino que o senhor esteja acompanhando as notícias da imprensa, além da Polícia Federal, o senhor vai ter a PGR daqui a pouco”, disse a deputada

O Ministério Público Eleitoral — ligado ao MPF — pediu que a PGR (Procuradoria-Geral da República) investigue possível prática de violência política de gênero contra Sâmia, após o presidente da CPI, tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), desligar o microfone da deputada enquanto ela lia a notícia de que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou retomar uma investigação contra Zucco por atos antidemocráticos.

Antes da interrupção, Sâmia criticava a diligência feita ontem por deputados da comissão, que foram ao Pontal do Paranapanema (SP), local invadido pela Frente Nacional de Luta no começo do ano. A deputada acusou os participantes da visita de abuso de autoridade, “porque não havia autorização, ninguém pode entrar na casa de ninguém. Vocês saem espalhando por aí que seríamos nós que fazemos isso, foram vocês que fizeram”.

 “Deputado Salles, você que está sonhando em disputar a prefeitura [de São Paulo] contra o Guilherme Boulos e nem seu partido conseguiu convencer, vive acusando ele de invadir a casa alheia e invadiu onde aquelas pessoas moram”, falou antes de ter o microfone cortado. 

Salles, então, respondeu que “o barraco estava vazio” quando os deputados entraram ontem. Sâmia questionou o momento da ida dos deputados: “As pessoas trabalham, precisam viver de algum modo. Segunda-feira à tarde ia ter o quê? […] Pois bem, deram com a cara na porta, não encontraram nada”.