A Promotoria de Justiça Militar do Pará vai determinar de forma urgente a abertura de um inquérito para apurar a morte de um homem identificado como Rosinaldo Ferreira da Silva, de 56 anos, no bairro do Guamá, em Belém.
Rosinaldo morreu após ter sido baleado por policiais militares, na última sexta-feira, 2. Segundo o promotor de justiça Armando Brasil, o caso precisa de uma apuração urgente e rigorosa.
Em nota, a Polícia Militar informou que lamenta o ocorrido e apura o fato e a atuação dos agentes envolvidos. A corporação reitera que não compactua com comportamentos que ferem o código de conduta da instituição.
Entenda o caso – Rosinaldo Ferreira da Silva, de 56 anos, morreu após ter sido baleado por policiais militares. O caso aconteceu na última sexta-feira, 2, na Avenida Bernardo Sayão, no bairro do Guamá, em Belém.
Segundo familiares da vítima, tudo começou quando os militares entraram na rua, procurando criminosos que tinham cometido assaltos. Neste momento, o filho de Rosinaldo teria se assustado e correu para a casa onde morava com a vítima. Ao perceberem que o jovem havia corrido, os militares invadiram a casa dizendo que queriam informações sobre o paradeiro dos bandidos.
Ainda segundo os familiares, no momento da abordagem, a vítima do assalto estava com os PMs, e confirmou que o filho do Rosinaldo não era o bandido. Mesmo assim, de acordo com a família, os militares espirraram spray de pimenta em todos que estavam na residência, incluindo crianças de colo.
Os familiares contam que, ao perceber o que tinha acontecido, Rosinaldo, que havia acabado de chegar do trabalho, teria ficado revoltado e pediu para que os policiais fossem embora.
Rosinaldo subiu na laje da residência dizendo que ali não havia bandido, foi neste momento que um dos militares atirou contra a vítima. Tudo foi filmado por pessoas que estavam no local. No mesmo vídeo, é possível ver os netos de Rosinaldo tossindo após terem inalado spray de pimenta.
Rosinaldo Ferreira foi atingido no peito. Ele ainda chegou a ser levado para o Hospital Pronto Socorro do Guamá Drº Humberto Maradei Pereira (HPSM do Guamá), mas não resistiu e morreu. Uma das filhas da vítima também chegou a ser atingida pelos tijolos que estavam na laje. Ela passa bem.
Rosinaldo deixa cinco filhos e oito netos. Ele trabalhava de carteira assinada como pedreiro, em uma construtora. Na manhã desta segunda-feira, 5, colegas de trabalho da vítima fizeram um manifesto pedindo justiça pela morte do homem.
