O ator norte-americano Leonardo DiCaprio utilizou as redes sociais para defender a Amazônia e protestar contra a aprovação do projeto de lei (PL) 2.903/23, conhecido como Marco Temporal, no Senado Federal.
No instagram, DiCaprio publicou um vídeo com diversos indígenas defendendo a Amazônia e protestando contra o marco temporal.
Na publicação, o ator escreveu, “Não há lugar no mundo como a Floresta Amazônica, que sustenta a saúde de toda a vida na Terra. No entanto, a Amazônia e os povos indígenas que a protegem estão ameaçados por um projeto de lei catastrófico que já foi aprovado na Câmara dos Deputados do Brasil.
Você pode ajudar: Apoie os povos indígenas do Brasil pedindo ao presidente do Senado, @rodrigopacheco, que rejeite o projeto de lei Marco Temporal (PL2903), que foi apoiado pelo setor de pecuária e que retiraria os direitos dos povos indígenas e abriria suas terras para uma onda sem precedentes de produção industrial de gado, mineração e exploração madeireira. [Mais de 90% do desmatamento na Amazônia é resultado de desmatamento para gado e ração.
Se o projeto de lei for aprovado, ele levará a Amazônia ao limite e acelerará a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas. O resultado será catastrófico para o planeta.
Vamos defender a Amazônia e o nosso planeta e dizer não à #PL2903.”
DiCaprio também compartilhou um link para uma petição on-line e mencionou o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Marco Temporal – A Câmara dos Deputados aprovou no final de maio o PL 490/07, que prevê que os povos indígenas só terão direito a demarcadas as terras ocupadas até a promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988. O texto teve uma rápida tramitação na Casa para demonstrar o entendimento do Legislativo enquanto a tese jurídica seria discutida no Supremo Tribunal Federal (STF).
Por outro lado, o presidente Rodrigo Pacheco anunciou publicamente que o projeto não terá tramitação de urgência para agilizar o processo de votação do texto na Casa.
Além de determinar o Marco Temporal nas terras indígenas, o projeto de lei também autoriza a exploração de recursos naturais, como garimpo, dentro dos territórios protegidos e também o contato com comunidades de recente contato.
