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Defesa de homem que foi amarrado por policiais em São Paulo acusa militares de desligar câmeras

O Homem negro de 32 anos, que teve pés e mãos amarrados por policiais em uma abordagem em São Paulo, na semana passada, acusa, através de seu advogado de defesa, que os militares teriam desligado as câmeras corporrais de seus uniformes para agredirem o homem. Para a Polícia, o suspeito teria furtado produtos de um mercado. Os seis PMs envolvidos na ocorrência foram afastados de suas funções pela Corregedoria da Polícia Militar paulista.

A Secretaria de Segurança de São Paulo negou a acusação da defesa do rapaz e afirmou ao UOL que as câmeras corporais dos policiais funcionam de forma ininterrupta, não permitindo o desligamento, mantendo assim as imagens gravadas. A Corregedoria informou que o motivo da ação e, principalmente, a decisão de amarrar o homem ainda segue sendo apurado. O rapaz vive em sutuação de rua na grande São Paulo.

DEPOIMENTO

Em seu depoimento, o homem disse que não ofereceu resistência à prisão. Ele foi preso sob a acusação de furto após ser flagrado com duas caixas de bombons de um supermercado, de valor aproximado de R$ 30. Ele segue preso e à disposição da Justiça.

JUSTIÇA

O desembargador Edison Tetsuzo Namba negou no sábado, 10, um pedido liminar de liberdade para ele. O magistrado avaliou que o homem apresenta risco à sociedade, é reincidente no crime, não trabalha e não tem endereço fixo.

“Ele fez questão de afirmar que quando os policiais já desceram da viatura e desligaram as câmeras. Agrediram ele e só depois ligaram as câmeras. E ele deixou claro que não ofereceu resistência e confirmou que estava comendo o bombom’, disse o advogado de defesa do homem, José Luiz de Oliveira Júnior.

O CASO: