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PF desmonta garimpos ilegais em Terras Indígenas no Pará; Prejuízo aos infratores passa de R$ 3,5 milhões

A Polícia Federal fechou seis garimpos ilegais na Terra Indígena Kayapó, em Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará, na última segunda, 12, em trabalhos de combate a crimes ambientais e de extração ilegal de minérios. A operação teve apoio e participação de outras entidades e órgãos como Ministério Público Federal, Funai e Ibama, com apoio aéreo do Comando de Aviação Operacional (CAOP) da PF. As equipes realizaram diligências em áreas de garimpo dentro da Terra Indígena e inutilizaram máquinas, motores e estruturas de apoio.

Foram inutilizadas seis escavadeiras hidráulicas (conhecidas na região como “PC”), sete motores estacionários, uma caminhonete, seis mil litros de diesel, três motocicletas e cinco estruturas de apoio. O prejuízo aos infratores supera R$ 3,5 milhões.

A operação faz parte das ações de combate aos crimes nas terras indígenas em cumprimento à decisão do STF na ADPF 709/2020, uma ação que a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) propôs, em agosto de 2020, pedindo medidas de proteção às comunidades indígenas, para conter o avanço do crime nos territórios indígenas.

Além de Ourilândia do Norte, a PF também executou o mesmo trabalho de combate e defesa aos povos tradicionais na na Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, também no sudeste do Pará. MPF, Funai e Ibama deram apoio ao trabalho em campo, que teve o intuito de comprovar a inatividade dos garimpos e colher elementos para subsidiar ações de combate à grilagem de terras e desmatamento na região.

Segundo a PF, a inatividade dos garimpos na terra indígena havia sido verificada previamente por imagens de satélite e foi comprovada no sobrevoo realizado no último domingo. As ações de monitoramento e combate à focos de garimpo continuarão por parte da Polícia Federal e demais órgãos de fiscalização.

*Com informações de Ascom-PF/PA.