Com informações de Agência Brasil*
De acordo com estudo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), feito em parceria com a organização global de saúde pública Vital Strategies alerta que mais da metade dos brasileiros têm excesso de peso. Atualmente, 56% dos brasileiros sofre com sobrepeso ou obesidade, ou seja, com índice de massa corporal (IMC) igual ou acima de 25. A taxa chega a 68,5% na faixa etária com idade entre 45 e 54 anos e a 40,3% entre os mais jovens, com 18 a 24 anos.
A pesquisa atestou que menos da metade da população no Brasil (45,5%) consome verduras e legumes cinco vezes ou mais na semana. “Isso mostra que o consumo continua baixo entre os brasileiros, apesar de ter aumentado no último ano após uma queda expressiva durante a pandemia (aumento de 15,2% entre 2022 e 2023)”, destacou o estudo. A faixa etária que mais consome esses alimentos é a das pessoas com 65 anos ou mais, onde 45,5% consumem verduras e legumes na frequência semanal recomendada.
O estudo também percebeu que mulheres consomem legumes e verduras mais do que os homens – 51,5% e 39,1%, respectivamente. Além disso, 57,5 % das pessoas com maior escolaridade (12 anos ou mais de estudo) têm legumes e verduras na dieta, enquanto 40,9% dos menos escolarizados (zero a oito anos de estudo) têm esse hábito.
Também foi atestada uma diferença grande entre a Região Norte (36,4%), por exemplo, e a Sul (52,6%) em relação ao consumo semanal de alimentos do tipo por pessoa.
Em relação ao consumo de frutas, 41,8% dos brasileiros têm frutas na dieta cinco vezes ou mais por semana. Nesse caso, os mais velhos (65 anos ou mais) também são os que mais consomem com a frequência adequada (62,8%). Foi percebido que mulheres comem mais frutas que homens: 49,6% contra 33,4%. Entre brancos, 47,3% têm o hábito, mais do que entre pretos e pardos (37,9%). O consumo regular de frutas está presente para 48,2% da população mais escolarizada e para 39,3% dos menos escolarizados.
Já com relação à inclusão de refrigerantes e sucos artificiais na dieta, 17,8% dos brasileiros consomem esse tipo de produto cinco vezes ou mais vezes na semana.
Atividade Física
De acordo com a pesquisa, apenas 31,5% dos brasileiros praticam pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou vigorosa por semana. 34,8% dos homens são fisicamente ativos, contra 28,3% das mulheres. 48,3% das pessoas com maior escolaridade são fisicamente ativas – mais que o dobro dos menos escolarizados (20,9%). 18,9% dos brasileiros na faixa etária dos 65 anos, e 37,9% na faixa etária dos 25 a 34 anos praticam atividades físicas regularmente.
Alcoolismo
Nos 30 dias que antecederam as entrevistas feitas para a pesquisa, 22,1% dos entrevistados abusaram de álcool. A prevalência foi maior entre pessoas do sexo masculino (28,9%), com maior escolaridade (26,5%) e jovens adultos entre 18 e 24 anos (32,6%). 7,2% da população brasileira relatou fazer consumo regular do álcool, que contempla três ou mais vezes por semana.
Tabagismo
11,8% dos brasileiros fazem uso de cigarro convencional de palha, de papel, charuto e cachimbo. Nos três períodos avaliados pelo inquérito (pré pandemia, primeiro trimestre de 2022 e primeiro trimestre de 2023), a prevalência se manteve estável no país, interrompendo uma tendência de redução registrada ao longo dos últimos anos. Quem mais fuma são homens (15,2%), pessoas da Região Sul (15,8%) e as com idade entre 45 e 54 anos (15,2%).
Saúde Mental
12,7% dos brasileiros relatam ter recebido diagnóstico médico para depressão. As maiores prevalências estão na Região Sul (18,3%), entre as mulheres (18,1%) e na faixa etária de 55 a 64 anos (17%), seguida pelos jovens de 18 a 24 anos (14,1%).
Já o diagnóstico médico para ansiedade chegou para 26,8% dos brasileiros. De acordo com o estudo, um terço (31,6%) da população mais jovem de 18 a 24 anos é ansiosa. As prevalências são maiores no Centro-Oeste (32,2%) e entre mulheres (34,2%).
Sono
Por fim, 59,3% dos entrevistados do Covitel afirmaram dormir o tempo recomendado para a idade. Os números mostram que 58,9% dos brasileiros dizem dormir bem, sendo 63,9% entre os homens e 54,3% entre mulheres.
No recorte raça/cor, 64,2% das pessoas brancas relatam dormir bem, índice que fica em 55,1% entre pretos e pardos.