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“Chamou Belém de c* do mundo”, diz Vélber sobre briga com Rogério Ceni

Com informações GE*

Vélber, ex-jogador de Remo e Paysandu, concedeu entrevista exclusiva ao podcast do GE e falou sobre o período em que jogou no São Paulo. O “Risadinha” falou um pouco sobre os bastidores do clube em que foi campeão da Libertadores em 2005 e contou sobre a discussão acalorada com o maior ídolo do clube paulista: Rogério Ceni.

Vélber, que saiu rum ao Tricolor Paulista após ser campeão da Copa dos Campeões com o Paysandu, chegou ao novo clube já com status de titular. “Foi fera demais, tanto que fui campeão da Libertadores pelo São Paulo. A perna não tremia. A torcida me cobrava e perguntava o motivo de não ir comemorar com eles quando fazia gol. Eu tinha uma concentração tão grande, pois eu vim de uma família muito humilde. A ponte da minha casa era dois açaízeiros, no bairro do Guamá (em Belém). Hoje, graças a Deus, moramos bem. Eu botei na minha cabeça que o futebol podia mudar a minha vida, da minha família e podia dar um lugar melhor para a minha mãe. Eu levei a sério tudo que diziam que fazia mal no futebol. Nunca bebi nem fumei. Eu me cuido, frequento academia. Levei muito a sério.”, contou.

Entretanto, mesmo com início promissor, o nome de Vélber passou a ser raridade na escalação do São Paulo. E os motivos foram dois: uma lesão muito séria e uma discussão com Rogério Ceni. ” Tive contusões que muitas pessoas nem sabem. Em um treino, eu dei um carrinho no Luis Fabiano e fiquei sujo de tinta, só que nessa tinta tinha um bichinho que fica na grama e ele acabou entrando na minha perna e comeu ela. Se eu demoro mais 30 minutos para ir ao médico, eu teria que amputar minha perna. Por conta disso, passei seis meses fazendo uma câmara hiperbárica, pois eu estava com foliculite. Tive que fazer um trabalho para recuperar e colocar esse bicho para fora. Depois, eu tive que fazer um trabalho para recuperar a minha forma física. Só que o Danilo estava fazendo gol até de tiro de meta quando voltei”, disse.

Sobre a discussão com Ceni, Vélber conta que aconteceu em um voo, quando o time estava a caminho de Belém para enfrentar o Paysandu. “Antes de conquistarmos a Libertadores (em 2005), nós viajamos para jogar contra o Once Caldas, na Colômbia (em 2004). O jogo seguinte seria com o Paysandu, em Belém, pelo Campeonato Brasileiro. Eu estava feliz por ver a família, os meus filhos. Eu não sabia que ele estava puto e perguntei: “Rogério, em quantas horas vamos chegar em Belém?”. Ele respondeu: “Velbinho, o c* do mundo é longe”. Perguntei: “como o c* do mundo é longe?”, e ele respondeu que Belém é o c* do mundo. Cara, falou em Belém o bicho pega. Apesar desse tamanho, eu mandei ele para longe. Eu estava como titular na equipe. Discutimos dentro do avião, mandei ele para longe e falei que se ele não me respeitasse, eu iria dar uma entrevista dizendo o que ele tinha falado. Acabou que ele ficou calado e acabei não comentando. Ele pegou um frango aqui. Chutaram no gol, ele foi pegar e passou por baixo das pernas dele”, narrou.

A briga com Rogério custou mais caro para a carreira do paraense. Ele se recusando a sair do clube sem receber o que era direito, e o São Paulo recusando qualquer proposta que o colocasse em algum rival. “Palmeiras, Cruzeiro e Santos queriam me contratar. Joguei contra o Santos e fiquei na reserva mesmo com um time misto. A torcida santista me perguntou o que eu estava fazendo lá e pediu para assinar com o Peixe, pois era reserva do reserva”, disse.

O programa será exibido na íntegra nesta quinta-feira, dia 13, a partir das 14h.