Comemorado no Brasil no dia 17 de julho, o Dia de Proteção às Florestas celebra a importância da preservação das matas nacionais e internacionais. Aproximadamente 20% das espécies do Planeta Terra vivem no Brasil, em especial na Floresta Amazônica, e estão constantemente ameaçadas pelo desmatamento.
As florestas são um bem inestimável para o meio ambiente e cumprem papel valioso no ecossistema, como fornecimento de água, alimentos e medicamentos, sequestro de carbono, regulação do clima e controle de erosões. Elas são fundamentais, ainda, para manutenção da biodiversidade, além de desempenharem funções sociais e econômicas importantes aos seres humanos. Florestas também podem contribuir com oportunidades de geração de emprego e renda.
Para Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, zerar o desmatamento da Amazônia é uma meta possível para 2030. “Nós temos um caminho duro pela frente. O Instituto acaba assumindo aquele papel mais difícil, que é o de dizer não, de punir quem faz ilegalidades. Sem as florestas, é impossível resolver o problema do aquecimento global, então precisamos valorizá-las”, propõe o presidente.
“No caso do Brasil, nós temos seis biomas terrestres com altíssima riqueza biológica, além do próprio bioma marinho. A meta do desmatamento zero é possível com ações de rastreabilidade, inteligência, geoprocessamento, uso de imagens de satélite e operações em terra. A floresta em pé precisa valer mais que a floresta no chão – hoje a gente tem o contrário”, conclui Agostinho.
Em “Florestas do Brasil: um resumo”, relatório desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil é um país florestal com aproximadamente 500 milhões de hectares (59% do seu território) de florestas naturais e plantadas − o que representa a segunda maior área de florestas do mundo.
O povo, como sociedade que vive das chuvas que vêm, em grande parte, das florestas, precisa cuidar mais desses presentes da natureza. O coordenador de Gestão do Uso Sustentável da Flora (Cousf), Ramiro Hofmeister, explica como se pode fazer isso.
“O desmatamento é quase sempre motivado por uma questão econômica. Uma forma de lutar contra isso é comprar produtos que não impactem no desflorestamento, valorizando a bioeconomia de cada floresta. Nada é mais forte na bioeconomia da Amazônia do que a produção florestal sustentável de madeira, por exemplo”.
“Consumir madeira da floresta parece um contrassenso, mas não necessariamente está ligado à desarborização. Pelo contrário, toda madeira produzida legalmente precisa do DOF+, emitido pelo Ibama, que é parte do Sinaflor – o maior sistema de gestão e controle florestal do mundo -, também gerido pelo Instituto”, completa o coordenador da Cousf.
“Ao comprar madeira legal, o individuo incentiva os proprietários de terra que é mais interessante economicamente manter a floresta em pé, produzindo madeira, do que trocar florestas por pastagem ou lavoura. A bioeconomia ligada ao manejo florestal é a mais forte ferramenta que temos para valorizar a floresta em pé”, conclui Hofmeister.
A data 17 de julho foi escolhida em virtude do Dia do Protetor das Florestas, também chamado de Curupira – personagem emblemático do folclore brasileiro, conhecido por cuidar das matas do país.
*Com informações de Governo Federal