Durante o período de janeiro a junho de 2023, o Pará registrou uma queda significativa nos casos de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) no estado. Foram registrados 981 casos, o que significa que 188 vidas foram preservadas em comparação com o ano de 2022, que contabilizou 1.169 casos.
Em relação ao primeiro semestre de 2019, quando houve 1.584 casos, essa redução alcançou 603 vidas preservadas, representando uma diminuição de 38,07%.
O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, destacou que ao longo dos últimos quatro anos e meio, foram implementadas várias estratégias e investimentos para alcançar reduções significativas no Pará, reconhecidas nacionalmente. Como resultado dessas ações, algumas cidades paraenses, como Belém e Ananindeua, que já figuraram na lista dos municípios mais violentos do país em anos anteriores, foram retiradas desse ranking. “Hoje, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública apresentou novos dados sobre a violência no País, no qual o Pará tem 13 cidades que são inclusas no estudo por possuírem mais de 100 mil habitantes. Os números divulgados incluem mortes violentas intencionais, inclusive casos que não são tipificados como crimes. Entretanto, quando se computam apenas os dados criminais, a exemplo do CVLI, os dados ratificam que o Pará apresentou o seu melhor ano em redução em 2022, como resultado das inúmeras ações que vêm sendo implementadas diariamente em todas as regiões”, ressaltou o secretário.
INVESTIMENTOS E RESULTADOS
Ualame Machado ressaltou ainda que o Pará também foi reconhecido pelo Monitor da Violência como o estado que mais reduziu a criminalidade, alcançando 14% de redução no primeiro trimestre de 2023 e obtendo a 5ª posição no ranking dos estados que mais reduziram no país. E, ao final do primeiro semestre, o estado acumulou uma redução de 16% nos CVLI, demonstrando a continuidade das quedas progressivas. O secretário afirmou que apesar dos resultados positivos, a busca por reduções ainda maiores continua sendo uma prioridade.
Um dos casos em que o resultado é visto é na cidade de Altamira que, de acordo com dados do Fórum Brasileiro, em 2019, o município na região Oeste ocupava a segunda colocação no ranking das cidades mais violentas, com uma taxa de 133,7 mortes por 100 mil habitantes, mas, ao longo dos anos, alcançou a sétima posição com uma taxa reduzida para 70 mortes por 100 mil habitantes. Marituba, na Região Metropolitana de Belém, que ocupava a 8ª posição em 2019, caiu para a 50ª posição com uma taxa de 40 mortes por 100 mil habitantes.
Em comparação entre os anos de 2022 e 2021, Altamira obteve uma redução de 37% nos casos de CVLI, Parauapebas registrou uma queda de 5%, Itaituba alcançou 39% de redução, Castanhal apresentou uma queda de 5% e Marabá obteve uma redução de 19%.
Outros indicadores também mostraram quedas expressivas no primeiro semestre de 2023: os crimes de CVLI contra agentes de segurança pública tiveram uma redução de 52% em relação ao mesmo período de 2022, passando de 21 para 10 casos, já os casos de morte por intervenção policial (Miae) tiveram uma redução de 23% em 2023, com 77 casos a menos em comparação ao primeiro semestre de 2022, totalizando 253 casos.
BELÉM
Belém, que já esteve entre as cidades mais violentas do país, também registrou índices notáveis de redução na criminalidade. Somente no primeiro semestre de 2023, os casos de CVLI tiveram uma queda de 22% em relação a 2022. Além disso, a cidade apresentou uma redução de 18% nos indicadores de roubos, com 9.567 casos registrados no primeiro semestre de 2023, em comparação com os 11.725 casos registrados no mesmo período de 2022.