A sessão da Câmara de Campinas, São Paulo, na noite da última segunda-feira, 8, foi marcada por injúria racial e negacionismo à vacina. Um grupo de negacionistas ofendeu a vereadora Paolla Miguel (PT), enquanto ela discursava e depois criaram um coro contra o passaporte de vacina, dizendo “vacina mata”.
A vereadora Paolla Miguel, teria sido chamada de ‘preta lixo’ por pessoas que acompanhavam a reunião, a frase acabou sendo ouvida pelos parlamentares que repudiaram a ação. A vereadora falava no momento sobre o preconceito contra o rap, um projeto que trata do Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra e um Fundo Municipal de Valorização da Comunidade Negra.
O presidente do legislativo Municipal, Zé Carlos do PSB, pediu a palavra para Paolla afirmando que as pessoas que estavam praticando injúria racial pagariam pelo crime, ainda ressaltou que a sessão estava sendo gravada. “Alguém na plateia disse uma besteira e a gente está gravando a sessão. Quem falou, vai pagar. Três vereadores já me procuraram para falar do racismo” afirmou o presidente.
Paolla Miguel informou que registraria um boletim de ocorrência nesta terça-feira (9). Ela diz que é difícil reconhecer quem disparou as ofensas por conta das máscaras. A assessoria da Câmara disse que o Legislativo, inclusive, já separou o trecho de vídeo e áudio no qual a ofensa é cometida, para punir o responsável pela injúria racial.
Grupo Negacionista
O grupo compareceu na sessão com bandeira do Brasil e de Israel, a maioria vestida de verde e amarelo. O presidente da Câmara chamou atenção várias vezes para uso adequado das máscaras durante a reunião.
Os manifestantes demonstraram apoio a proposta feita pelo vereador Nelson Hossri que pede a proibição da exigência do comprovante de vacinação na cidade com um coro contra a vacina dizendo “a vacina mata” várias vezes.