Um levantamento feito pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), apontou que o município de Ananindeua, na região metropolitana de Belém, está entre as 10 piores cidades para se viver no Brasil quando o assunto é saneamento básico. A pesquisa leva em consideração fatores como abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos urbanos, drenagem e manejo de águas pluviais.
A pesquisa do SNIS analisou as 100 maiores cidades do país evidenciando uma enorme disparidade no nível de saneamento em relação às melhores e piores. Segundo os dados coletados, enquanto nas melhores cidades cerca de 99% da população tem acesso à água encanada em suas residências, no grupo das piores cidades esse número não chega a 80%.
Segundo o Instituto Trata Brasil, um dos principais fatores da performance ruim dos municípios está relacionado ao baixo investimento dos municípios na área. De acordo com dados do Instituto, referência em saneamento básico, Ananindeua está entre as cidades que menos investem em serviços de saneamento, com apenas R$55,46 por habitante. O valor está bem abaixo da média nacional, que é de R$ 82 por habitante.
Em Ananindeua, por exemplo, apenas 33,79% da população tem acesso a um sistema de abastecimento de água. Outro ponto analisado é a coleta de esgoto sanitário. Enquanto no grupo de melhores cidades 97,7% da população dispõe desse serviço; no grupo das piores o percentual é de apenas 29,2%, o município da grande Belém aparece com apenas 31,31% da população com acesso a esgotamento sanitário.