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Hacker da “Vaza Jato” diz em depoimento à PF que Bolsonaro perguntou se ele conseguiria invadir urnas eletrônicas

O Hacker Walter Delgatti Neto, preso hoje pela Polícia Federal, disse em depoimento à PF, que em uma reunião fora da agenda, no Palácio do Alvorada, no dia 10 de agosto de 2022, o ex-presidente Jair Bosonaro perguntou se ele conseguiria invadir urnas eletrônicas tendo acesso ao cógido fonte dos equipamentos.

A reunião foi intermediada peor Carla Zambelli, que também foia lvo da operação da PF nesta quarta, 2. Segundo Neto, a ideia de Bolsonaro sobre o hacker invadir as urnas eletrônicas não foi adiante, conforme revela a jornalista Camila Bmfim, da Globonews.

Delgatti Neto disse aos investigadores que só poderia ter acesso ao código-fonte das urnas dentro da sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que “não poderia ir lá”.

PRECAUÇÃO

Para garantir a segurança dos equipamentos, a Corte autoriza o acesso antecipado aos sistemas eleitorais, para fins de auditoria, 12 meses antes da data do primeiro turno. No entanto, segundo o TSE, o acesso ocorre em ambiente específico e sob a supervisão do tribunal.

“QUE apenas pode afirmar que a Deputada Carla Zambelli esteve envolvida nos atos do declarante, sendo que o declarante, conforme saiu em reportagem, encontrou o ex- Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada, tendo o mesmo lhe perguntado se o declarante, munido do código fonte, conseguiria invadir a Urna Eletrônica, mas isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal, e o declarante não poderia ir até lá, sendo que tudo que foi colocado no Relatório das Forças Armadas foi com base em explicações do declarante”, diz o relatório da PF.

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, determinou as seguintes medidas contra Zambelli:

  • a apreensão de armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, e passaporte
  • busca e apreensão em carros eventualmente encontrados nos endereços da deputada e nos armários de garagem
  • apreensão de dinheiro e bens (joias, veículos, obras de arte e outros objetos) em valores superiores a R$ 10 mil, desde que não comprovada cabalmente, no local dos fatos, a origem licita

A operação desta quarta foi chamada de 3FA. Segundo a PF, o nome faz referência à “autenticação de dois fatores (2FA), método de segurança de gerenciamento de identidade e acesso que exige duas formas de identificação para acessar recursos e dados”.

*Com informações de G1 e Globonews.