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Polícia Federal vê elementos para indiciar Michelle bolsonaro no caso das joias vendidas

A Polícia Federal vê elementos para indiciar Michelle Bolsonaro no caso das joias vendidas, que ganhou notoriedade na semana passada, quando a PF realizou buscas contra nomes ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que teriam vendido liegalmente itens valiosos da União, que foram dados como presente por delegações estrangeiras.

Segundo apuração da jornalista Andréia Sadi, da Globo News, os elementos já são suficientes para indiciar a ex-primeira dama, e que ela será ouvida em breve, sem pressa, segundo a PF.

“Com toda certeza vai ser indiciada. Sem dúvida alguma”, diz um policial federal, sem apontar por quais crimes. A investigação apura ilegalidades como peculato (que é o desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro.

PRECAVENDO

Segundo o colunista da UOL, Aguirre Talento, Michelle já teria contratado um advogado criminalista para cuidar da sua defesa perante a Justiça e a PF, pensando no andamento das investigações.

O advogado contratado seria Daniel Bialski, advogado de São Paulo que assumiu recentemente também a defesa da deputada Carla Zambelli (PL-SP). Ele ainda defende o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro no caso envolvendo suspeitas de desvios por meio da atuação de pastores-lobistas no Ministério da Educação.

Procurado, Bialski confirmou sua entrada no caso. “A defesa está pedindo acesso aos autos para conhecer quais as suspeitas existentes e que eventualmente mencionam seu nome, mas, desde logo, esclarece que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro está absolutamente tranquila porque desconhece e não participou ou praticou irregularidade ou ilicitude”, afirmou em nota.

OS NOMES INVESTIGADOS

Entre os investigadores, a apuração tem sido comparada a comer mingau quente – pelas beiradas. Na primeira fase da operação, foram alvos:

  • o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tenente-coronel do Exército, Mauro Cid;
  • o pai dele, general da reserva do Exército, Mauro Cesar Lorena Cid;
  • o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti;
  • o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.

A PF pediu a quebra dos sigilos bancários de Michelle do ex-presidente. Os dados podem corroborar a suspeita de que ela seja uma das beneficiárias dos eventuais desvios.

Os investigadores aguardam, também, o resultado de diligências que estão sendo feitas pelo FBI, nos Estados Unidos, sobre as vendas dos bens.

O caso tem mexido com o humor do entorno de Bolsonaro. Na última sexta-feira, 11, quando a PF cumpriu mandados contra militares ligados a Bolsonaro, a ex-primeira-dama reagiu ao ser provocada sobre o caso das joias.

Mais sobre o caso:

*Feito com informações de G1 e UOL.