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Polícia combate organização criminosa que deixou prejuízo de R$ 300 milhões no Pará e outros três estados

Uma operação interestadual da Polícia Civil combateu uma organização criminosa especializada em fraudes bancárias e lavagem de dinheiro. Os prejuízos total das vítimas são calculados em cerca de R$ 300 milhões, segundo a polícia.

A ação, denominada “Big Boss”, envolveu as polícias civis do Pará, do Distrito Federal, Goiás e Espírito Santo. Foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva e dez de busca e apreensão nas cidades de Marabá (PA), Samambaia (DF), Planaltina (GO) Goiânia (GO) e Serra (ES).

A operação recebeu esse nome porque o líder dos criminosos era chamado pelos demais integrantes de “patrão”. Um dos alvos da operação chegou a ser candidato a vereador em Planaltina (GO).

O delegado geral da PC do Pará, Walter Resende, detalhou que as investigações detectaram atuação do grupo criminoso no DF, PA e em GO há mais de 10 anos.

“A ação inclui diversos tipos de crimes de estelionato relacionados a fraudes bancárias, principalmente com invasão de contas por meio de links ou induzindo as vítimas à instalação de programas para a subtração de valores de pessoas físicas, empresas e prefeituras”.

Desde 2019, os integrantes da organização criminosa atuavam auxiliando na ocultação dos valores obtidos nos golpes. Eles agiam, segundo as investigações, por meio da abertura de empresas de fachada ou da compra de imóveis e veículos de luxo.

Em Marabá, o delegado Vinícius Cardoso, superintendente da região no Para´, disse que as equipes deram apoio no cumprimento de três mandados de prisão – uma mulher e dois homens, além de quatro de busca e apreensão domiciliar.

“As três pessoas presas em Marabá tinham participação na lavagem de dinheiro, por meio de movimentação de valores em empresas criadas, na compra e reforma de imóveis e de outros bens”, informou.

A operação também cumpriu sequestro judicial dos bens em nome dos investigados. As penas por organização criminosa e lavagem de dinheiro podem chegar a mais de 15 anos de prisão.

Segundo a PC, o líder do grupo tem antecedentes criminais por formação de quadrilha, furtos qualificados, organização criminosa e posse de drogas.

Todos os presos devem passar pelos procedimentos cabíveis e ficar à disposição da justiça.