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Polícia Federal abre inquérito para investigar morte de liderança quilombola, na Bahia

A Polícia Federal da Bahia deu início às investigações sobre o trágico falecimento de Maria Bernadete Pacífico Moreira, uma líder quilombola. O crime ocorreu na última quinta-feira (17), quando Maria foi alvejada a tiros dentro de sua residência no Quilombo Pitanga dos Palmares, localizado na Bahia.

Em um comunicado oficial, a Polícia Federal assegurou que está dedicando todos os recursos necessários para esclarecer o caso e destacou que a investigação está em andamento com caráter sigiloso. As informações preliminares sugerem que dois indivíduos mascarados e armados invadiram a casa da líder quilombola, disparando contra ela. A PF reforça a importância de compartilhar qualquer informação relevante através do número 181, garantindo total confidencialidade.

A Superintendência da Polícia Federal, responsável pelo caso, também esteve à frente das apurações da morte do filho de Maria Bernadete, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, conhecido como Binho do Quilombo, que foi assassinado a tiros em 2017.

Para apoiar as investigações em curso, equipes dos ministérios dos Direitos Humanos, da Igualdade Racial e da Justiça e Segurança Pública foram enviadas pelo Governo Federal para acompanhar a situação na comunidade.

Maria Bernadete ocupava o cargo de coordenadora-executiva da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Junto a outros líderes quilombolas, vinha denunciando ameaças, perseguições e intimidações direcionadas aos moradores do Quilombo dos Palmares. A disputa por terras e recursos hídricos emerge como os principais motivos das alegações.

No incidente ocorrido, Maria Bernadete Pacífico Moreira estava na companhia de seu neto de 17 anos quando sua residência foi invadida por dois homens usando capacetes, que efetuaram disparos fatais contra ela. O lamento pela perda de Maria é sentido não apenas pela comunidade quilombola, mas por todos aqueles que valorizam a luta pelos direitos e igualdade.

*Com informações de Agência Brasil