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Líder Quilombola e Ialorixá assassinada: ONU Condena o Crime e Exige Investigação no Brasil

A agência de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) na América Latina emitiu uma condenação enfática neste sábado, dia 19, pelo assassinato brutal da líder quilombola e ialorixá, Mãe Bernadete. A trágica morte de Bernadete Pacífico, de 72 anos, ocorreu na última quinta-feira, dia 17, no quilombo Pitanga dos Palmares, na Região Metropolitana de Salvador. As informações são do G1 Bahia .

Testemunhas relatam que dois homens foram responsáveis pelo homicídio, lançando uma sombra de choque e luto sobre a comunidade e além. No sábado, o corpo da ialorixá foi laidamente enterrado na capital baiana, deixando uma profunda lacuna na comunidade que ela liderava e representava com destemor.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na América Latina expressou sua indignação e solicitou ao governo brasileiro que realize uma “investigação célere, imparcial e transparente” em relação ao caso. A agência também enfatizou a importância de respeitar os mecanismos de proteção legal para comunidades quilombolas, bem como garantir medidas de proteção e reparação para os familiares e a comunidade enlutada.

A nota emitida pelo escritório das Nações Unidas também destacou a necessidade urgente de reforçar a proteção de lideranças e defensores dos direitos humanos em todo o país, em meio a um cenário de crescente preocupação com a segurança dessas figuras emblemáticas.

Mãe Bernadete, também conhecida como Maria Bernadete Pacífico, era líder religiosa na comunidade Pitanga dos Palmares, e também coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). Seu legado incluiu sete anos de trabalho como secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Simões Filho, na mesma região metropolitana de Salvador onde ela foi brutalmente assassinada.