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Cinema na periferia: Projeto irá exibir o filme Marighella gratuitamente no Jurunas

O cinema é uma arte amada por muitos, mas que nem sempre consegue ser acessível a todos que a admiram, principalmente quando falamos de  pessoas das regiões periféricas. Pensando nisso, foi criado o projeto Telas em Movimento, que irá exibir no próximo dia 25 de novembro as 19 horas, o filme Marighella no bairro do Jurunas em Belém

O filme, que é a primeira obra dirigida pelo ator baiano Wagner Moura, será exibido de forma gratuita no bairro belenense, mas calma que e a distribuição dos ingressos será feita através de organizações sociais.

Por conta da pandemia, para evitar superlotação, o local de exibição não é divulgado e sim informado diretamente para as organização sociais. A inscrição das organizações sociais que queiram participar são feitas por meio de formulário divulgado na página do projeto até o dia 18 de novembro.

O formulário também pode ser acessado através do link abaixo:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScV8bl_j-onOcr3_Fvd5XSjnc38woS5GpQXo-m_xx3-tj0oEw/viewform

pôster de chamada da exibição do filme Marighella

A exibição do filme será feita na segunda Mostra Negra, que também vai exibir o curta metragem “Lá no Jurunas” que foi feito por jovens do bairro em 2019 e a websérie “Pretas na Pandemia”, feita por paraenses e gravada em formato de tela de celular. 

Segundo Joyce Cursino, idealizadora do Telas em Movimento e coordenadora geral do projeto, o objetivo é democratizar o acesso ao cinema nas periferias e comunidades tradicionais da amazônia

O Telas em Movimento acontece nas periferias da região metropolitana de Belém, mas também em aldeias, quilombos e outros municípios do Pará. O projeto existe desde 2019 e é uma realização da produtora cultural audiovisual Negritar filmes e produções. 

“O Telas em Movimento é um projeto de democratização do acesso ao cinema realizado por uma produtora 100% negra da região, a Negritar Filmes e Produções. As edições são construídas coletivamente com a participação de caciques, lideranças comunitárias, organizações sociais, comunicadores populares e produtoras independentes. O projeto estimula uma nova dinâmica de criação, percepção e distribuição das narrativas amazônicas, por meio de formação audiovisual com a juventude, além de debates e circuito de exibições nos territórios periféricos e comunidades tradicionais em diversas localidades do Pará.Em cada nova exibição, parcerias são feitas, quem está junto com a produtora Negritar nessa exibição é  o Gueto Hub que foi conquistado através do edital Preamar da Paz, lançado pela pela secretaria de cultura do estado do Pará.

Joyce Cursino em entrevista ao Belém Trânsito