A ilha de Lampedusa, no sul da Itália, um dos principais pontos na Europa para a chegada de migrantes vindos da África, recebeu mais de 7.000 pessoas entre terça (12) e quarta-feira (13). A maioria dos migrantes são provenientes da Líbia e Tunísia. As autoridades dizem que as infraestruturas de acolhimento estão saturadas e pedem ajuda a Roma e à União Europeia.
“Nós chegamos a uma situação irreversível e a ilha está em crise”, disse o prefeito de Lampedusa, Filippo Mannino, para descrever a gravidade da situação na região. Na noite de quarta-feira (13), ele decretou estado de emergência e pediu ao Estado italiano e à Europa para que lancem operações de apoio e de evacuação rápida.
A situação descrita pelas autoridades locais à imprensa italiana é “caótica” e “apocalíptica”. A tensão entre exilados e polícia é grande e o centro de registro de recém-chegados trabalha muito além de sua capacidade. A ilha acolhe dez vezes mais migrantes que as vagas disponíveis. Milhares foram atendidos pela Cruz Vermelha, enquanto esperam uma transferência para o continente.