Seis alunos de medicina da A Universidade Santo Amaro (Unisa) entraram com recurso contra as expulsões que sofreram por participarem de atos obscenos durante evento esportivo universitário, e as punições podem ser revistas em alguns casos. Ao todo, 15 estudantes de medicina foram expulsos.
O advogado que representa a Unisa, Marco Aurélio Carvalho, afirmou ao O GLOBO que foi instaurada uma sindicância para apurar as denúncias e se os alunos apresentarem “fortes indícios” de que não participaram dos atos obscenos, a expulsão pode ser suspensa enquanto as apurações ocorrem. “A expulsão foi um recado poderoso para a sociedade, no sentido de que não vamos aceitar comportamentos que tragam vergonha à comunidade médica e à sociedade em geral. Mas a universidade tem que instaurar o devido processo legal e dar o direito de defesa. Então ela pode rever em casos de injustiça, sem problema nenhum, porque não tem compromisso com o erro. Foi instaurada uma sindicância, não haverá de imediato uma revisão da pena, mas pode ter a aplicação do efeito suspensivo, que vai permitir que os alunos voltem para a sala de aula enquanto o processo corre, isso se tiver fortes indícios de que o aluno não estava lá e não participou”, explicou o advogado.
De acordo com a instituição, a análise dos processos tem o prazo de dez dias, e até a próxima semana todos os casos devem ser concluídos. Após as análises, os resultados devem ser encaminhados para as autoridades policiais e do Ministério Público. De acordo com O GLOBO, ao menos quatro dos estudantes apresentaram provas de que não estavam envolvidos nas cenas de nudez.