Incêndios, fumaças e destruição de florestas. Essa é a triste realidade de boa parte da Amazônia neste momento. Nos últimos dias, os focos de fumaça tem invadido as áreas urbanas, expondo moradores do oeste do Pará e do Amazonas a perigos tóxicos com a inalação dessa fumaça e comprometendo o grau de visibilidade nas cidades. Mas de onde está vindo essa fumaça? Segundo dados do Programa Queimadas do INPE, o problema maior estaria no estado do Pará.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Eduardo Taveira, postou em suas redes sociais, que a fumaça de queimadas estaria vindo predominantemente do Pará, levada até Manaus através da força dos ventos. “Manaus tem sido pressionada por dois sistemas: no início de Outubro, pelos incêndios na Região Metropolitana de Manaus e agora pelo expressivo aumento dos incêndios ali do oeste do Pará”, afirma Taveira. Segundo o satélite de referência do Inpe, o Pará lidera os pontos de queimadas.
Nas últimas 48 horas o Pará foi o estado com maior número de pontos de calor, com o total de 804 pontos. O estado do Amazonas aparece em sexto lugar, com 44 pontos registrados pelo satélite. No monitoramento mensal, o Pará também foi o estado do Brasil com maior número de pontos de queimadas. Foram registrados 1916 pontos de calor, enquanto o estado do Amazonas aparece em oitavo lugar, com 116 pontos.
O Pará também tem o maior número de cidades liderando o ranking das queimadas no país nas últimas 48 horas. Portel (PA) está em segundo lugar, ficando atrás apenas do município de Poconé (MT). Em terceiro lugar vem Pacajá (PA), seguido de Mazagão (AP), Moju (PA), Barão de Melgaço (MT), Macapá (AP), Anapú (PA), Porto de Moz (PA) e Almeirim (PA).
O QUE DIZ O PARÁ
Em nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) informou “o Pará não tem confirmação de que a fumaça em Manaus seja proveniente do Estado.”
A respeito das queimadas no Pará, a Semas disse que “com o El Niño, o Pará enfrenta período de poucas chuvas e seca” e que reforçou o efetivo e ampliou ações de prevenção e combate aos incêndios florestais, o que, segundo a pasta, “tem alcançado redução das queimadas em extensão de área.”
A Semas finalizou a nota afirmando que o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil realizam mapeamento prévio nos municípios com maior número de focos, atuando com mais de 230 militares no combate às queimadas no estado.