Os moradores da avenida Engenheiro Fernando Guilhon, bairro da Cremação em Belém denunciam ao BT problemas com o descarte de lixo que custa ser recolhido e que acaba sendo deixado nas calçadas, sem um ponto adequado para armazenamento, o que provoca mau cheiro e prejudica a qualidade de vida dos habitantes, o que pode resultar em doenças.
Um morador relatou ao BT que o problema é recorrente próximo a um ponto de ônibus: “Esse problema do lixo é recorrente ali naquele ponto de ônibus, já denunciei nas redes sociais algumas vezes mas nunca resolvem de maneira efetiva sabe? No máximo a Sesan vai ali, limpa e recolhe o lixo que tá lá, vai embora e logo depois tá cheio de lixo novamente. Ao que parece, eu acredito que seja um ponto de descarte de lixo doméstico dos moradores daquela rua, o problema é que não tem uma forma efetiva para esse descarte como um container ou algo do tipo, então os moradores ficam sem alternativa e descartam na calçada”, explica um morador.
De acordo com o morador, há dois anos atrás o acúnulo de lixo era registrado apenas na segunda-feira, por conta do final de semana, e logo era recolhido. Porém, atualmente, a realidade é outra.
“Esse problema do lixo não surgiu com essa gestão, na verdade, no início do mandato do edmilson aquela área ficava limpa e quase não se via lixo espalhado. Havia, claro, um acúmulo na segunda-feira por causa do final de semana mas eles limpavam logo de manhã cedo. Agora a história é outra, infelizmente, piorou e tá desse jeito”, reclama.
Ainda segundo o morador, além do incômodo de conviver e andar com o lixo na calçada, o acúmulo traz a presença de roedores e pombos.
“O problema maior nem é o lixo e o mal cheiro (antes fosse), a complicação vem nas consequências desse descarte irregular: muitos pombos e ratos que podem trazer doenças tanto para os moradores como para os animais de rua. Na verdade mesmo todo o bairro da Cremação (principalmente nesse entorno onde registrei esse amontoado de lixo) sofre com o abandono da praça Dalcídio Jurandir. Logo, toda aquela área passa por esse processo de negligência por parte da prefeitura. Chega até ser irônico porque aquela praça deu o nome ao bairro já que era ali que se encontrava o Forno Crematório de Belém onde se descartava o lixo da cidade. Infelizmente, esse costume (descarte frequente de lixo) nunca deixou o bairro”, lamenta o morador.
Apesar de historicamente o bairro da Cremação ter sido pioneiro na capital, no tocante de solucionar e dar finalidade ao acúmulo de lixo produzido na grande metrópole da Amazônia, como na gestão do interventor Antônio Lemos entre o final do século XVII e início do século XVIII, que implantou uma usina crematória no bairro com o intuito de exterminar a crise dos resídous sólidos, o problema resurge séculos depois. A ideia de cremar deu nome ao bairro ná época.
O BT entrou em contato com a Sesan e Prefeitura de Belém sobre o problema e aguarda retorno.
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