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Vaticano diz que pessoas trans podem ser batizadas 

Nesta quarta-feira (8), veio a conhecimento público o comunicado do Vaticano respondendo temas relacionados à visão da doutrina religiosa referente a pessoas trans.

Em resposta a bispo do Brasil, José Negri de Santo Amaro, Vaticano diz que transgêneros podem ser batizados e apadrinhar. O referido bispo brasileiro enviou seis perguntas ao escritório doutrinário da Igreja em julho, todas as perguntas são relacionadas às pessoas LGBTQIA+ e suas presenças e participações nos sacramentos do batismo e matrimônio. 

Ademais, o Papa Francisco, de 86 anos, tem buscado tornar a Igreja mais acolhedora para a comunidade LGBTQIA+, dentro dos ensinamentos da Igreja. Portanto, o Departamento responsável pelas respostas, Dicastério da Doutrina da Fé, respondeu. Confira as perguntas e respostas na íntegra: 

1º Pessoas transgêneros podem ser batizadas?

Resposta: Podem, com algumas condições e se não houver “risco de causar um escândalo público ou desorientação entre os fiéis”.

2º Pessoas transgêneros podem ser padrinhos de batismo e de casamentos?

Resposta: Podem, mas a decisão fica a critério dos padres, que devem ter prudência ao tomar suas decisões.

3º Uma pessoa em uma relação com uma outra do mesmo sexo pode ser testemunha de casamento?

Resposta: Pode, não há nada que proíba isso na legislação canônica.

4º Um casal de pessoas do mesmo sexo que adotou uma criança ou que teve filho por meio de barriga de aluguel pode batizar o filho em uma cerimônia católica?

Resposta: A resposta é dúbia, mas não nega: grosso modo, diz que é preciso haver esperança bem fundamentada de que a criança será educada na religião católica.

5º Uma pessoa em uma relação com uma outra do mesmo sexo pode ser padrinho ou madrinha?

Resposta: A resposta também foi dada com nuances. A conclusão é que a pessoa tem que ter uma vida em conformidade com a fé.

As três páginas de perguntas e respostas foram assinadas pelo chefe do departamento, o Cardeal argentino Víctor Manuel Fernández, e aprovadas pelo Papa Francisco em 31 de outubro deste ano. O documento pode ser acessado no site do departamento, buscando pela palavra “transsexuais” em italiano.