/

Motorista culpa engarrafamento e ônibus velho por acidente com trem

O motorista Pedro Domiense Campos, de 42 anos, no qual esteve envolvido no acidente registrado nesta última sexta-feira (17) entre um ônibus e trem de carga em Brasília, no Distrito Federal, afirmou que a colisão ocorreu devido a um congestionamento e condições do veículo. A 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro) investiga o caso.

O motorista da empresa Auto Viação Marechal, chegou a ser encaminhado em estado de choque para a ala psiquiátrica do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde prestou depoimento aos investigadores da Polícia Civil local, alegando que estava em um engarrafamento quando o trânsito parou “de repente em cima da linha”, no qual foi surpreendido pelo trem. 

Em seu depoimento, Campos explicou que fazia aquele mesmo trajeto a cada 15 dias, e quando foi questionado pelos policiais se não previu que poderia vir um trem na linha, no qual possui sinalização, o motorista disse que “a placa sempre fica lá, a vida toda”. Campos também contou que o engarrafamento parou na linha e o ônibus não tinha como sair do local. “Esse ônibus tem mais de 10 anos. Não teve força para arrancar o ônibus da linha”, disse. 

Quando questionado se não mediu as consequências de parar em cima da linha do trem, se não viu o espaço suficiente para passar o veículo todo, Campos insistiu dizendo que estava preso entre dois carros e que não conseguiu sair do local a tempo. 

O acidente provocou a morte de Júlia de Albuquerque Violato, de 37 anos, que morreu no local. Além do óbito da passageira, cinco pessoas foram transportadas a hospitais do DF, onde duas das vítimas apresentavam instabilidade devido à corte profundo na cabeça e fraturas no braço e clavícula e a outra um traumatismo cranioencefálico grave. As demais vítimas seguem estáveis e em acompanhamento médico. 

O ACIDENTE

A colisão ocorreu próximo ao balão do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), que faz ligação com a Cidade do Automóvel. Ademais, testemunhas que estavam no local durante o ocorrido, afirmaram que o trem bateu na traseira do ônibus, e Julia de Albuquerque foi jogada para fora e atingida pelo trem logo em seguida.

Segundo a empresa, Viação Marechal, foi emitida uma nota no qual lamenta o acidente e presta solidariedade às vítimas, destacando a cooperação com a investigação. “Informamos que colaboraremos integralmente com as investigações em andamento e aguardaremos o resultado da perícia para esclarecer os detalhes desse trágico incidente. Estamos dedicados a prestar total transparência e apoio neste momento difícil”, completa a nota da empresa.

Conforme a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), foi informado, por meio de nota, que já acionou a concessionária para serem apuradas as responsabilidades do acidente, que terá até 30 dias para apresentar o laudo à Agência, apontando as causas do ocorrido.