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“Volpone” é DAS na Alepa e recebe salário no valor de R$3.714,94. Deputadas vão acionar o Ministério Público

O agressor identificado no vídeo como Antônio Carlos Coelho Martins, o Volpone, flagrado agredindo uma mulher no meio do trânsito de Belém, no último dia 27, é agente parlamentar de serviços externos, lotado na Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, a Alepa, com salário de  R$ 3.714,94. 

A Escola do Legislativo realiza cursos de capacitação e aperfeiçoamento para funcionários da Alepa. A função de Antônio Carlos como agente parlamentar, é acompanhar agendamento de audiências com autoridades e reuniões com a sociedade civil.

Assembleia Legislativa do Pará. Imagem/Reprodução

A Deputada Marinor Brito (PSOL) disse que a violência contra a mulher virou uma coisa corriqueira no Pará e que não vai se calar. “Amanhã vou chamar uma reunião com as mulheres procuradoras, para fazer uma ação conjunta”, disse a parlamentar, que já entrou com pedido de providências do Ministério Público na semana passada, contra o médico que assediou uma aluna durante aula na faculdade de medicina da Unifamaz.     

Deputada Marinor Brito.Imagem/Reprodução

A Deputada Dilvanda Faro (PT) disse repudiar a violação dos direitos da mulher. “Como mulher, mãe e parlamentar que defende a bandeira feminista na Alepa (…) e solidarizo à vítima neste momento e que o agressor seja responsabilizado pelos seus atos. É pela vida de todas as mulheres!”, declarou.

Deputada Dilvanda Faro. Imagem/Reprodução

A Deputada Diana Belo (DC), revelou ter recebido com indignação a notícia sobre a agressão cometida por Antônio Carlos, ocorrida na semana do Dia Internacional de Eliminação da Violência Contra a Mulher. “Até quando, vamos passar e presenciar esse tipo de situação? Quem pratica esse tipo de violência merece ser devidamente punido dentro da Lei”, disse. 

Deputada Diana Belo. Imagem/Reprodução

Já a Deputada Professora Nilse (Republicanos), oficializou hoje um pedido de providências ao Ministério Público do Pará pela procuradoria sobre ambos os casos. “Tá aí dois casos nas redes sociais e a gente precisa tomar providências”, disse a parlamentar em vídeo.

Deputada Nilse Pinheiro. Imagem/ Divulgação

Lucinery Resende, advogada da Procuradoria Especial da Mulher na Alepa, completou dizendo que “a procuradoria especial da mulher não pode silenciar quando a sociedade está cobrando providências”, disse a advogada.

Vídeo/Reprodução

A Assembleia Legislativa do Pará informou em nota que foi surpreendida ao tomar conhecimento da violência praticada por seu servidor e está adotando as providências cabíveis. A Alepa reforçou que repudia veemente a violência contra a mulher e disse que se solidariza com todas as vítimas. 

A Polícia Civil informou, em nota, que está tomando providências para garantir medidas de proteção à mulher e providências investigativas sobre o caso e que o homem identificado registrou ocorrência policial relatando a sua versão dos fatos, e que tudo será analisada no contexto de uma única investigação.