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Mineradoras já lucraram mais de R$ 1 trilhão e evento aponta desigualdade no Pará

Evento acontece no hotel Grand Mercure com participações presenciais e virtuais

Desde ontem, 1°, Belém sedia o “Seminário Internacional Justiça Fiscal, Desigualdade e Desenvolvimento”. O evento discute a relação entre as isenções fiscais, o desenvolvimento e a pobreza nos municípios paraenses.

A partir de hoje, em
uma realização do Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará, dois estudos inéditos realizados pelo Sindifisco apresentarão análises substanciais sobre a relação entre as isenções, renúncias fiscais e dívida ativa no orçamento público do Pará.

O estado é atualmente, a maior potência mineral do país. Em 2018, exportou o correspondente a US$ 15,7 bilhões, sendo 86% provenientes da cadeia mineral. Em 35 anos, alcançou a marca de 2,8 bilhões de toneladas de minério de ferro extraídos e R$ 1,69 trilhões gerados para as empresas. O valor da produção cresceu 40 vezes nos últimos vinte anos e as projeções apontam a expansão para 260 milhões, até 2024.

Contraditoriamente, o Pará é apontado como uma das unidades da federação com os piores indicadores sociais. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1 milhão de pessoas passavam fome no Pará, em 2020, quase 1 milhão estão sendo atendidos pelo Bolsa-Família e mais de 3 milhões são beneficiários do Auxílio Emergencial.